Dra. Aldecy Teixeira Dantas - Foto: Divulgação

Radiologista esclarece dúvidas e mitos sobre a realização do exame de mamografia

Em pesquisa recente, promovida pela A.C. Camargo Câncer Center em parceria com a Nexus — Pesquisa e Inteligência de Dados, foi constatado que 25% das mulheres brasileiras com 40 anos ou mais nunca realizaram uma mamografia na vida. O mesmo levantamento afirma ainda que 32% delas nunca fizeram o exame do toque, e 14% não realizaram nenhum dos dois exames.

A mamografia é o principal exame para se verificar a existência ou não do câncer de mama, servindo como ponto de partida para uma investigação mais aprofundada. Entretanto, muitos mitos ainda permeiam esse exame radiológico, o que pode afastar as mulheres da sua realização e evitar o diagnóstico precoce da doença.

Segundo a radiologista e intervencionista do Grupo Med Imagem, Aldecy Teixeira Dantas (CRM/PI 1668), muitas mulheres têm medo de realizar a mamografia por causa da divulgação de notícias falsas sobre os efeitos da radiação e por acreditarem que sentirão dor durante o exame.

“Por causa das fake news, algumas pacientes acreditam que a mamografia aumenta as chances de desenvolver um câncer de tireoide, mas isso não é verdade. O que acontece é que, atualmente, são feitas mais avaliações da tireoide com o exame de ultrassonografia e as punções aspirativas com agulha fina, que contribuem no diagnóstico precoce do câncer de tireoide. Mas as notícias falsas confundem a população, desestimulando a realização de exames preventivos que são fundamentais para detectar cedo essas doenças”, esclarece dr. Aldecy.

Como funciona o exame de mamografia

Indicada pela Sociedade Brasileira de Mastologia para mulheres acima dos 40 anos, e para mulheres mais jovens com casos de câncer de mama na família ou quando um nódulo palpável no seio é encontrado, a mamografia consiste em uma radiografia das mamas. Ela é realizada pressionando os seios contra duas chapas de acrílico, o que facilita a identificação de tumores suspeitos.

De acordo com a dra. Aldecy, a realização desse exame é tão importante que, para casos identificados logo nos estágios iniciais, nos estágios pré-clínicos, aumenta significativamente a possibilidade de cura. Ainda segundo a radiologista, novos equipamentos e profissionais capacitados ajudam a tornar o exame cada vez mais confortável para a paciente.

“Os mamógrafos de alta resolução, como os que temos na Med Imagem, têm um detector que faz uma leitura da composição da mama e utilizam uma compressão das mamas de acordo com a necessidade da densidade daquela mama, permitindo uma ótima qualidade na obtenção da imagem, ao mesmo tempo que faz com que não provoque dor e favoreça a aceitação por parte da paciente”, explica a especialista.

Sobre a dor relatada por algumas pacientes durante a realização do exame, a dra. Aldecy dá a seguinte orientação. “O importante é que as mulheres que forem realizar a mamografia não façam esse exame no período pré-menstrual, quando as mamas estão mais sensíveis, mais doloridas e suportam menos a compressão. Porque, no exame, é preciso ser feita a compressão, é através da compressão que a gente vai conseguir ver as diferenças dos tecidos nas mamas e identificar se há algum nódulo ou tumor muito pequeno”, frisou a radiologista.

A especialista reforçou que a mamografia é o melhor exame para o diagnóstico precoce do câncer de mama, considerado padrão ouro. “Por isso, o meu recado para as mulheres é que elas façam a mamografia a partir dos 40 anos e nos casos indicados para mulheres mais jovens com fatores de alto risco. E não fiquem com medo do diagnóstico, de descobrir algum tumor. Se o médico pedir a realização de exames invasivos, para progredir a investigação, não fiquem apreensiva, porque o mais importante é detectar a doença em fase precoce, para iniciar o tratamento com maiores chances de cura”, finalizou.

Com informações da Ascom

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