Pager explodiu em integrantes do Hezbollah - Foto: Reprodução

Pagers de integrantes do Hezbollah explodem e deixam mortos e feridos no Líbano

Uma explosão em sequência de pagers — dispositivos de recebimento de mensagens comumente usados na época anterior à popularização dos celulares — matou nove pessoas e deixou 2.750 feridas nesta terça-feira (17) no Líbano, segundo o Ministério da Saúde local. Câmeras de segurança registraram algumas das explosões (assista acima).

O Ministério da Saúde do Líbano informou à Reuters às 17h03 (horário de Brasília) que o número de mortos havia subido para 11 e o de feridos para 4 mil, mas voltou atrás às 17h32 desta terça.

Os aparelhos que explodiram eram usados por membros do grupo extremista Hezbollah. O Hezbollah e o governo do Líbano acusaram Israel de uma ação coordenada. O governo israelense ainda não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem.

Segundo a agência árabe Al Jazeera, as explosões dos pagers foram coordenadas e provocadas por explosivos implantados previamente nos equipamentos.

Para se comunicar com alguém, a pessoa precisava ligar para uma central telefônica e informar a um atendente para qual número ela gostaria de enviar uma mensagem —o conteúdo deveria ser curto.

No caso desta terça no Líbano, há a suspeita de que os dispositivos tenham sido hackeados. O Hezbollah disse que estava apurando as circunstâncias das explosões.

Os pagers foram detonados em um intervalo de pouco mais de uma hora. Imagens das câmeras de segurança de um supermercado em Beirute registraram o momento de duas dessas explosões: uma de um homem que pagava suas compras no caixa e outra perto de uma bancada de frutas.

O Hezbollah disse ao jornal americano “The New York Times” que seis dos nove mortos pelas explosões são combatentes do grupo extremista. Segundo duas fontes de segurança ouvidas pela agência Reuters, um deles era filho de um membro do parlamento libanês, –o Hezbollah também é partido político no Líbano.

De acordo com a Al Jazeera, os pagers foram invadidos e hackeados. Esses dispositivos passaram a ser usados depois que o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, pediu a seus combatentes, especialmente os que estão na linha de frente na fronteira sul do Líbano com Israel, que parassem de usar smartphones, porque o país vizinho teria tecnologia para se infiltrar nos aparelhos.

Após as explosões desta terça, o governo libanês pediu que todos os cidadãos que possuem pagers joguem os dispositivos fora imediatamente, segundo a agência de notícias estatal do Irã Irna.

Israel implantou explosivos em pagers do Hezbollah
As explosões coordenadas de pagers usados pelo grupo Hezbollah foram provocadas por explosivos implantados previamente por Israel nos equipamentos, segundo o jornal “The New York Times”. As informações foram confirmadas por um oficial dos Estados Unidos e autoridades que receberam detalhes da operação.

Nove pessoas morreram e outras 2.750 ficaram feridas, nesta terça-feira (17). O grupo extremista e o governo do Líbano responsabilizaram Israel pelo ataque. Até a última atualização desta reportagem, o governo israelense não havia se pronunciado.

Segundo o “The New York Times”, Israel escondeu materiais explosivos em um lote de pagers taiwaneses importados pelo Hezbollah. Os equipamentos foram fabricados pela Gold Apollo.

Da Redação

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