O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (5) o relatório Focus com as novas projeções do mercado financeiro. A expectativa de inflação para 2025 caiu pela terceira semana seguida, passando de 5,55% para 5,53%, mas ainda segue acima do teto da meta de 4,5%. A previsão do PIB permaneceu em 2% para o próximo ano, enquanto o dólar e a taxa Selic tiveram leves ajustes.
Inflação recua, mas continua acima da meta para 2025
O mercado financeiro reduziu a expectativa de inflação para 2025 pela terceira semana consecutiva. Segundo o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central com base em dados de mais de 100 instituições financeiras, a previsão caiu de 5,55% para 5,53%. No entanto, o índice ainda está acima do teto da meta de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A partir de 2025, o Brasil adotará o sistema de meta contínua para inflação, cujo objetivo será de 3%, considerado atingido se o IPCA variar entre 1,5% e 4,5%. Caso a inflação extrapole esse intervalo por seis meses consecutivos, o Banco Central será obrigado a enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda explicando o descumprimento da meta.
PIB permanece estável em 2% para 2025
A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 seguiu inalterada em 2%. Para 2026, os analistas mantiveram a previsão de crescimento em 1,70%. O PIB representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é o principal termômetro da atividade econômica.
Juros e câmbio com leve ajuste
A expectativa para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2025 recuou de 15% para 14,75% ao ano. Para 2026, os analistas projetam manutenção em 12,50%, enquanto para 2027 a previsão segue em 10,50%.
O dólar também teve leve ajuste. Para o fim de 2025, a estimativa caiu de R$ 5,90 para R$ 5,86. Em 2026, a expectativa recuou de R$ 5,95 para R$ 5,91.
Comércio exterior e investimento direto
A balança comercial deve fechar 2025 com superávit de US$ 75 bilhões, enquanto para 2026 a projeção caiu ligeiramente para US$ 78,6 bilhões. Já os investimentos estrangeiros diretos devem somar US$ 70 bilhões em ambos os anos, segundo os analistas.
Por que isso importa?
Manter a inflação sob controle é essencial para preservar o poder de compra dos brasileiros, especialmente os de menor renda. Quando a inflação sobe, os preços dos produtos aumentam e os salários, muitas vezes, não acompanham esse ritmo. Isso afeta diretamente o consumo, os investimentos e o crescimento da economia.