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Dólar abre em baixa com expectativa por decisões de juros e tarifaço de Trump

O dólar abriu em queda nesta segunda-feira (5), cotado a R$ 5,6428, com os investidores atentos às decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos e aos desdobramentos da nova política tarifária de Donald Trump. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com autoridades americanas para discutir um possível acordo após o Brasil ser taxado em 10%.

Dólar recua com tensão global e expectativa de juros
Em mais um dia de tensão nos mercados, o dólar iniciou a semana em queda de 0,19%, cotado a R$ 5,6428 às 9h05. A baixa é influenciada por dois fatores principais: a expectativa das decisões de política monetária no Brasil e nos EUA, e as implicações do novo tarifaço anunciado por Donald Trump, que reacendeu preocupações geopolíticas e comerciais.

Na sexta-feira (2), a moeda já havia recuado 0,41%, fechando a R$ 5,6538. No acumulado do ano, o dólar registra queda de 8,51%.

Decisões de juros movimentam o mercado
Nesta quarta-feira (7), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro deve anunciar uma nova alta da taxa Selic, atualmente em 14,25% ao ano. A expectativa do mercado é que a taxa suba para algo próximo de 15%, em resposta à inflação persistente, que já superou a meta em 2024 e ameaça se manter elevada em 2025.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve deve manter a taxa de juros entre 4,25% e 4,50%, mas investidores esperam pistas sobre os próximos passos da política monetária americana, especialmente diante do cenário de incerteza causado pelas ações de Trump.

Tarifaço de Trump pressiona relação Brasil-EUA
Além dos juros, os mercados seguem atentos à nova política tarifária de Donald Trump, que impôs uma tarifa de 10% sobre produtos brasileiros sob alegações de que o Brasil adota medidas protecionistas contra os Estados Unidos.

Neste domingo (4), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, para discutir um possível acordo comercial. Haddad classificou o encontro como “de alto nível” e afirmou que houve “abertura importante para o diálogo”.

Impacto no câmbio
A combinação entre a expectativa de juros mais altos no Brasil e a manutenção das taxas nos EUA tende a favorecer a entrada de capital estrangeiro no país, o que ajuda a valorizar o real frente ao dólar. No entanto, tensões comerciais e incertezas políticas mantêm o mercado volátil.

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