EUA interveem no mercado para apoiar peso argentino diante de ameaça de Trump
Nesta sexta-feira (17), o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, revelou que interveio nos mercados para comprar pesos argentinos, em apoio ao governo de Javier Milei. A ação faz parte da política de suporte financeiro aos turbulentos mercados da Argentina, que enfrenta uma eleição decisiva em 26 de outubro.
Intervenções do Tesouro dos EUA para estabilizar o peso
De acordo com Bessent, “ontem [quinta-feira], o Tesouro comprou pesos no ‘swap de blue chips’ e no mercado à vista”. Ele explicou ainda que o governo americano mantém uma comunicação estreita com a equipe econômica argentina. O “swap de blue chips” permite a compra de ativos estrangeiros desvalorizados, que podem ser vendidos posteriormente com lucro no mercado local, uma estratégia que visa estabilizar a moeda argentina.
Contexto da intervenção e apoio financeiro
O peso argentino estava estável, cotado a 1.430 por dólar, ao início do pregão em Buenos Aires. Segundo Bessent, “o Tesouro permanece vigilante em todos os mercados e tem a capacidade de agir com flexibilidade e força para estabilizar a Argentina”. Os EUA prometeram até US$ 40 bilhões (cerca de R$ 217 bilhões) em fundos públicos e privados para ajudar o país a enfrentar as turbulências econômicas.
Implicações políticas e futuras ações
O governador Javier Milei, que visitou a Casa Branca na terça-feira para agradecer o apoio dos EUA, enfrenta uma eleição legislativa crucial. As ações do governo americano indicam um compromisso de continuar apoiando a Argentina, apesar das tensões políticas e econômicas. A intervenção do Tesouro ocorre em um momento de instabilidade cambial, refletindo a preocupação de Washington com o avanço de Milei e as possíveis implicações para a estabilidade regional.
Repercussões internacionais e robustez do apoio
Especialistas avaliam que o apoio do governo dos EUA reforça a posição de Milei, que defende reformas econômicas radicais. “A intervenção mostra a preocupação do Governo americano com a estabilidade financeira da Argentina e a preservação dos interesses estratégicos na região”, analisa Antonio Lopes, analista internacional.
Para saber mais sobre as ações do governo argentino e o impacto na economia regional, acesse o site do G1.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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