Transição da Unimed Ferj gera incertezas na gestão da operadora

A Unimed do Brasil, gestora da marca em nível nacional, assumirá a administração da carteira de clientes da Unimed Ferj, após acordo de compartilhamento de risco aprovado pela ANS. A operação, que envolve a transferência de 90% da receita das mensalidades, ainda gera dúvidas sobre os detalhes da gestão e de unidades próprias, como o Hospital da Barra e os prontos-atendimentos na região.

Como será a transição?

Segundo informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o acordo prevê que a Unimed do Brasil administre a assistência aos consumidores, cuidando de关系 com hospitais, laboratórios credenciados, repasse de honorários aos médicos cooperados e pagamento de reembolsos (Fonte). A gestão das unidades próprias da rede, como os hospitais na Barra da Tijuca, Copacabana e Méier, é uma incógnita até o momento, incluindo o futuro do Hospital da Barra, arrendado pela Ferj, mas de propriedade da Unimed-Rio.

Impacto na receita e na assistência

De acordo com o acordo, a Unimed do Brasil ficará com 90% da receita das mensalidades, enquanto os 10% restantes continuarão com a Unimed Ferj, que deverá usar esses valores para pagar dívidas contraídas até novembro de 2025. Analistas consideram a medida uma alternativa para evitar o fechamento completo da operadora e o impacto negativo aos beneficiários.

O que acontece com os hospitais e médicos?

A dívida da Unimed Ferj com unidades de saúde supera R$ 2 bilhões, segundo a Associação de Hospitais do Estado do Rio (Aherj). A saída de prestadores, como a Rede D’Or e hospitais da Rede Américas, tem causado redução na cobertura para cerca de 370 mil usuários, que também enfrentam atrasos nos pagamentos a médicos cooperados, ligados à Unimed-Rio. Ainda não se sabe se essa situação será revertida com a nova gestão.

Próximos passos e desafios

Apesar do acordo, questões operacionais, como o pagamento dos próximos boletos, ainda estão sendo discutidas. A Unimed do Brasil não respondeu se haverá mudança nos valores ou datas de pagamento em dezembro. Especialistas alertam para a necessidade de fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para evitar prejuízos aos beneficiários.

Perspectivas futuras

O cenário atual evidencia a longa crise da Unimed-Rio, que, após mais de uma década, tenta estabilizar suas operações e evitar a liquidação da operadora. A mudança na administração da carteira representa uma tentativa de manter os atendimentos e evitar transtornos maiores para os beneficiários, embora ainda haja muitas incertezas quanto ao controle das unidades próprias e ao pagamento dos profissionais.

Para mais detalhes, acesse esta reportagem.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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