O Paraguai enviou ao Brasil nesta quinta (4) 25 presos brasileiros detidos em prisões paraguaias. A maioria pertencia ao PCC, o Primeiro Comando da Capital, e ao Comando Vermelho.
Com sacos pretos cobrindo suas cabeças, os detentos foram levados por largos efetivos policiais até as regiões fronteiriças de Pedro Juan Caballero e Ciudad del Este, duas localidades com altas taxas de violência. Mais de 800 policiais civis e militares participaram.
De acordo com a Polícia Federal (PF), havia um ano que os preparativos para a operação vinham sendo costurados. Dezesseis dos presos foram entregues na Ponte Internacional da Amizade em Foz do Iguaçu, no Paraná; os outros nove, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.
A operação transcorreu durante toda a manhã sem anúncios públicos por questões de segurança. Ao ser divulgada, durante a tarde, as autoridades paraguaias descreveram as cifras como históricas: nunca antes tantos presos brasileiros em conjunto foram entregues ao país.
A administração do presidente Santiago Peña, há menos de um ano no cargo, disse que o objetivo é eliminar fatores que coloquem em risco a segurança das penitenciárias locais.
Em um vídeo nas redes sociais, ele disse que a Operação Joapy, como foi apelidada a ação de quinta, “responde ao objetivo de desarticular o crime que opera nas prisões e depois repercute nas ruas”. “Tudo em busca de um Paraguai mais seguro para nossas famílias.”
A uma rádio local o paraguaio também disse que o pedido de sigilo sobre a operação foi feito por Brasília, que demandou que as ações ocorressem sem anúncio público não somente durante a retirada dos presos das penitenciárias mas também seu ingresso no Brasil.
Toda a ação foi registrada em vídeos para as redes sociais com trilhas sonoras de ação. Os detentos estão com as mãos algemadas e os rostos cobertos por sacos pretos. Além dos agentes fortemente armados, a ação contou com monitoramento de helicópteros. Também os nomes dos presos entregues ao Brasil foram divulgados.
Com informações da Reuters