Josenildo Melo - Foto: Reprodução

​O que é a Iniciação à Vida Cristã?

A Iniciação à Vida Cristã é o processo pelo qual uma pessoa é inserida no mistério de Cristo, tornando-se discípulo. É o início de uma caminhada, um itinerário com diversas etapas, através das quais o catequizando adquire maturidade, profundidade e transformação de sua vida, tornando-se um cristão adulto, um verdadeiro discípulo missionário. “A Iniciação à Vida Cristã não é um processo curto, não acontece da noite para o dia. O IVC – Iniciação à vida Cristã tem três características: Inspiração Catecumenal (mística), Sinodalidade e Missionariedade. A mística expressa a identidade, o que é próprio do processo; a Sinodalidade é o método, a forma de fazer; e a Missionariedade é o movimento, pois somos chamados a ser missionários de Jesus”, comenta Padre. Luciano Tokarski, Assessor Eclesiástico da Comissão de Animação Bíblico-Catequética da Arquidiocese de Curitiba – PR. O IVC é formação solidificante!

​Tempos modernos ao invés de relativismo requer aprofundamento formativo. De acordo com a Jornalista Maria Clara Guimarães, entre os dias 15 e 17 de julho, aconteceu na Casa Dom Luciano, em Brasília, o Seminário de Iniciação à Vida Cristã (IVC). Organizado pela Comissão Episcopal para a Animação Bíblico Catequética em parceria com a Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada (Cmovic) da CNBB, a iniciativa teve como temática principal “A importância da catequese na formação do futuro presbítero”, buscando reforçar o espaço que a IVC e a dimensão catequética ocupam na formação do futuro presbiterato. Três seminaristas estiveram representando a Arquidiocese de Teresina no encontro: Samuel Matos, Miguel Wanderson e Junior Macedo (seminarista bacana e sempre animado). Duzentos e oito seminaristas de todos os 19 regionais da CNBB estiveram presentes. Que benção!

​Moço todo artigo agora é sobre a Igreja? Quase sempre. Você acompanha o calendário litúrgico? Adentraremos agora ao XVI domingo do templo comum. E a reflexão do nobre jesuíta Padre César Augusto nos diz que A primeira leitura nos mostra a repreensão que Deus, através do Profeta Jeremias, fez aos últimos reis de Israel daquele tempo, Joaquim e Sedecias, por não terem cuidado do povo que então foi levado, como escravo, para a Babilônia. Como sempre, desde o Gênesis, Deus não se deixa derrotar pelas más ações humanas e o amor vence. Imediatamente após a chamada e atenção e ao aviso do castigo, o Senhor anuncia a vinda de pastores de verdade, que zelem pelo rebanho e vai mais além, o Senhor vai suscitar um rei dentre os descendentes de Davi. Esse rei “fará valer a justiça e a retidão na terra”. Isso aconteceu com a vinda de Jesus Cristo, não trazendo de volta o esplendor de Salomão, mas a transformação dos corações.    Aí está o diferencial dos novos pastores, não dando primazia àquilo que poderá corromper os humanos e que passa, mas àquilo que os tornarão filhos de Deus e irmãos de todos, àquilo que é eterno. Também nós deveríamos, em um exame de consciência, verificar se não traímos a confiança em nós depositada por Deus, pela família, pelos amigos e até por nós mesmos, quando fomos infiéis aos nossos propósitos. Para sabermos que estamos no bom caminho, se a autoridade, seja ela qual for, tem aprovação divina ou não, deveremos examinar o que é feito em favor da justiça e do direito, se a liderança é usada para servir, mesmo perdendo privilégios.

No Evangelho, São Marcos nos dá uma grande lição: a necessidade de ao terminarmos um trabalho, fazermos sua avaliação à luz de Deus. É isso que significa os discípulos voltarem realizados de suas atividades pastorais e relatarem para Jesus o que havia acontecido. É necessário que o agente pastoral, que o leigo cristão, não sucumba no ativismo, mas o que fizer seja fruto da oração, que tenha escutado Deus. Não basta uma simples reflexão humana, é preciso rezar, dialogar com o Senhor e ouvir o que nos diz, em nossa mente e em nosso coração, de nossas atividades. Também é importante sentir, na oração, a comunidade, a família. Após o exame com Jesus e um breve descanso, os discípulos voltam ao trabalho. É assim nossa vida? A segunda leitura nos traz São Paulo falando aos Efésios, dizendo que de dois povos, Jesus fez um só, “estabelecendo a paz”. Não existe mais judeus e pagãos. O bom pastor busca e leva à unidade. Ele reconcilia os homens entre si e com Deus. E isso deve ser buscado sempre, mesmo com sacrifícios, pois Jesus a realizou em sua cruz. Nela ele destruiu a inimizade.

Que nada em nossa vida fique sem ser passado pelo filtro da fé, da caridade e que nossa presença seja propiciadora da amizade das pessoas entre si e com Deus. Sejamos bons pastores, conduzamos a ovelhas a nós confiadas ao prado da alegria, da justiça e da caridade. Que elas se sintam realizadas! A todos uma excelente semana!

Por Josenildo Melo

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