Nova ação judicial aponta fraudulentas redes de bots no Spotify

Uma ação judicial apresentada neste domingo em tribunal federal acusa o Spotify de negligência na combate a redes de bots que inflacionam as contagens de streams na plataforma. A denúncia afirma que artistas como Drake se beneficiam de milhões de dólares oriundos desses streams falsos, enquanto o Spotify lucra com uma base de usuários inflada e não legítima.

Fraude em larga escala e prejuízos para o setor musical

A denúncia, movida pelo rapper RBX, primo de Snoop Dogg, sustenta que a plataforma de streaming viola interesses de artistas, compositores e produtores ao permitir bilhões de reproduções fraudulentas, sobretudo de músicas do “‘artista mais reproduzido de todos os tempos’”, conhecido profissionalmente como Drake.

“Essa fraude em larga escala no streaming causa enormes prejuízos financeiros a artistas, compositores, produtores e outros detentores de direitos autorais legítimos”, afirmou RBX na ação judicial.

Implicações no modelo de pagamento e na concorrência entre artistas

Segundo o processo, o sistema de pagamento do Spotify é baseado no método pro rata, que distribui receita proporcionalmente ao número de streams. Assim, as contagens infladas de artistas de destaque reduzem a renda de músicos menos populares, prejudicando a competição justa no setor.

A análise de dados apresentada na denúncia indica que bilhões de reproduções falsas foram generadas por redes de bots relacionadas às músicas de Drake, o artista mais reproduzido na história do Spotify.

Resposta do Spotify e posição oficial

Em resposta, um porta-voz da empresa afirmou à AFP que não poderia comentar o processo em andamento, apesar de negar qualquer lucro proveniente da suposta fraude. “Investimos fortemente em sistemas de última geração, em constante aprimoramento, para proteger os pagamentos aos artistas, com medidas rigorosas como a remoção de reproduções falsas e a punição de infratores”, declarou o representante.

Impulsionamento de quem está por trás da denúncia

O processo move-se contra o Spotify, alegando que sua negligência na contenção das redes de bots viola os direitos de artistas legítimos, enquanto Drake não é citado como réu ou envolvido em condutas impróprias. Trata-se de uma ação coletiva, que representa um grupo de artistas, compositores e outros detentores de direitos autorais.

Perspectivas futuras e impacto no mercado de streaming

Especialistas avaliam que a ação destaca a necessidade de maior fiscalização e transparência no setor de streaming musical. Para o mercado, a denúncia reforça preocupações sobre a integridade dos dados de streams e o impacto na remuneração dos artistas.

O caso ressalta as dificuldades enfrentadas por plataformas como o Spotify na luta contra fraudes digitais, essenciais para garantir uma distribuição de receitas mais justa e transparente no setor musical global.

Fonte: O Globo

Com informações do Jornal Diário do Povo

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