A morte do Papa Francisco aos 88 anos, não apenas encerra um papado marcado por reformas e simbolismo, mas também reacende o interesse em profecias antigas que envolvem o futuro (e o fim) da Igreja Católica. As previsões de Nostradamus e a chamada Profecia de São Malaquias voltaram a ocupar espaço nas discussões de fiéis, teólogos e entusiastas do ocultismo — especialmente diante da escolha iminente de seu sucessor.
A profecia de São Malaquias: o último papa antes do fim do mundo
A chamada Profecia dos Papas, atribuída ao arcebispo irlandês São Malaquias (1094–1148), aponta Francisco como o 112º e último papa antes do juízo final. Segundo o documento, Malaquias teria recebido uma visão com a lista de todos os papas futuros, desde Celestino II até o último, identificado como “Petrus Romanus” — Pedro, o Romano. Este último pontífice “apascentará o rebanho em meio a grandes tribulações” e, após seu reinado, “a cidade das sete colinas será destruída, e o Juiz terrível julgará o povo”.
Embora o nome de Francisco não seja “Pedro”, o fato de ele ter escolhido esse nome em homenagem a São Francisco de Assis — figura fortemente ligada ao simbolismo profético — gerou interpretações de que ele poderia, sim, ser o último da lista. Outros acreditam que “Pedro, o Romano” ainda virá — talvez seu sucessor.
A profecia foi publicada pela primeira vez em 1595 pelo monge beneditino Arnold de Wyon e não é reconhecida oficialmente pela Igreja Católica. Muitos historiadores, como Anura Guruge, consideram o texto uma falsificação do século XVI com fins políticos. Ainda assim, coincidências entre os lemas atribuídos aos papas e suas biografias reais continuam gerando fascínio. Entre os exemplos, estão descrições como “Glória da Oliveira”, associada a Bento XVI, e “Do trabalho do Sol”, relacionada a João Paulo II, que nasceu durante um eclipse.
Com a morte de Francisco, algumas leituras radicais da profecia apontam para o fim do mundo já em 2027, baseando-se em cálculos ligados ao papado de Sisto V, atribuído por alguns à origem real do texto. Apesar do ceticismo acadêmico, a narrativa voltou a ganhar destaque, especialmente nas redes sociais e entre os mais supersticiosos. O assunto foi parar nos assuntos mais comentados do antigo Twitter.
Da Redação