Fábio Novo - Foto: Divulgação

Ministério Público Eleitoral investiga Fábio Novo por abuso de poder político

O Ministério Público Eleitoral, por meio da promotora de Justiça da 1ª Zona Eleitoral de Teresina Carmelina Maria Mendes de Moura, informou que foi instaurado procedimento de “Notícia de Fato” a respeito de denúncia apresentada que diz respeito a compra de apoio político, em um episódio que evidencia abuso de poder político e econômico que ficou conhecido como “Caso Pancadinha”.

“Venho por meio deste informar sobre a instauração de Notícia de Fato junto à Promotoria Eleitoral da 1º Zona Eleitoral de Teresina, sob registro SIMP nº 000043-351/2024, que visa apurar ocorrência de abuso de poder político e/ou de econômico nos termos do artigo 73 da Lei nº 9.504/97”, diz trecho do documento assinado pela promotora de Justiça da 1ª Zona Eleitoral de Teresina Carmelina Maria Mendes de Moura.

Desta forma, a Justiça Eleitoral passa a investigar o caso, aceitando a denúncia repassada pelo partido, com a coleção de provas robustas que foram repassadas através da advogada Ívilla Araújo conforme protocolo registrado no último dia 12 de junho na sede do Ministério Público Federal (MPF), na zona Leste de Teresina.

Entenda o “Caso Pancadinha”:

O “Caso Pancadinha” ganhou repercussão em toda Teresina e em todo o Piauí após vários pré-candidatos a vereador do União Brasil, partido do pré-candidato a prefeito Silvio Mendes, denunciarem através de suas redes sociais e parte da imprensa -alguns veículos de comunicação ignoraram o assunto por conta da parceria comercial que têm com o Governo do Estado- que estavam recebendo propostas em dinheiro e até com cargos para trocarem para o lado do pré-candidato Fábio Novo, do PT.

Muitos deles não aceitaram e resolveram revelar, através de gravações, que lideranças ligadas a Fábio Novo e ao Governo do Estado abordaram e ofereceram benefícios. O pré-candidato a vereador Chico Pança, por exemplo, filiado ao União Brasil, chegou a revelar áudios em que prova que recebeu proposta do atual coordenador da pré-campanha de Fábio Novo, o publicitário Alexandre Noleto, irmão do secretário de Governo Marcelo Noleto, e do pré-candidato a vereador da base de Fábio Novo Gustavo Henrique Feijó, que foi o autor de frases que viralizaram, como “você primeiro vai receber um AV” e “depois vai ganhar uma pancadinha”.

Para a advogada Ívilla Araújo, que representa a assessoria jurídica do União Brasil, a denúncia se baseou em todo o material repassado pelos pré-candidatos que foram assediados, caracterizando um claro caso de abuso de poder econômico. A partir da “Notícia de Fato” aceita, a advogada e todos os pré-candidatos assediados acreditam que a Justiça Eleitoral dará uma resposta à sociedade a respeito da investigação que já está em curso.

O outro lado

Fábio Novo disse que a denúncia feita pelo grupo adversário é uma “ação desesperada” e ressaltou que confia na Justiça Eleitoral.

“É mais uma ação desesperada do meu adversário. Já ganhamos cinco ações contra essa perseguição implacável, a última foi essa semana por uma simples visita que fiz ao HU para anunciar melhorias para aquele hospital. Acredito na Justiça Eleitoral e ao final ela vai atestar mais uma vez que estamos com a razão. Todos os mandatos que conquistei foram limpos e com fruto de muito suor, estou focado em caminhar, ouvir e apresentar soluções para os problemas de Teresina”, declarou Fábio Novo.

Já Gustavo Henrique afirmou que os áudios atribuídos a ele foram editados e que, por essa razão, acredita que nada será encontrado contra ele.

“Não posso discutir em cima de áudios editados, todos os áudios foram editados. O Ministério Público tem o papel de esclarecer, porque quem também poderá estar sendo investigado são aqueles que fizeram a notícia do fato. Eu não cometi crime nenhum, não andei procurando ninguém e estou à disposição da Justiça, do Ministério Público para qualquer esclarecimento. Estou com a consciência tranquila de que não cometi crime nenhum, então, não vou tratar de um assunto de áudios editados na tentativa de me macular. O que eu combato é a corrupção, eu não cometo corrupção”, colocou Gustavo Henrique.

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