IPCA de maio deve desacelerar para entre 0,33% e 0,38%, aponta previsão

O IPCA de maio, divulgado nesta terça-feira pelo IBGE, deve apresentar desaceleração em relação a abril, com estimativas entre 0,33% e 0,38%. A mediana das previsões é de 0,32%, indicando menor pressão inflacionária para o mês.

Pressões e alívios no índice de inflação de maio

De acordo com economistas, a alta do mês será impulsionada principalmente pelos preços administrados, como energia elétrica, medicamentos e tarifas de água e esgoto. Em contrapartida, alimentos no domicílio e passagens aéreas devem contribuir para uma inflação mais tranquila.

Inflation projections and contributing factors

O economista Igor Cadilhac, do PicPay, projeta uma inflação de 0,38% para maio, com a taxa acumulada em 12 meses caindo de 5,53% para 5,44%. Segundo Cadilhac, o avanço será alimentado por reajustes em tarifas de energia com bandeira amarela (2,9%), medicamentos (1,4%) e tarifas de água e esgoto (0,8%).

Ele também destaca recuo de 0,31% na alimentação dentro de casa, com forte redução nos alimentos in natura, além da deflação nas passagens aéreas (-11,2%) e desaceleração de bens industriais.

Expectativas de especialistas para o IPCA de maio

Cláudia Moreno, do C6 Bank, prevê um IPCA de 0,35% em maio e observa atenção para o comportamento dos serviços, cuja inflação permanece elevada em 0,39%, impulsionada pelo mercado de trabalho aquecido. Para alimentação, ela projeta números mais moderados, em torno de 0,23%, influenciados por fatores sazonais, como menor chuva, redução nas commodities externas e um câmbio mais valorizado.

Perspectivas para os próximos meses

Para os meses seguintes, a expectativa é de continuidade na desaceleração, principalmente pela queda nos preços de alimentos, com previsão de deflação em junho. Segundo o Boletim Focus, o IPCA deve ficar em 0,32% em junho e 0,23% em julho. Especialistas, como Luis Otávio Leal, da G5 Partners, estimam 0,25% em junho e 0,15% em julho, com possível alta de 0,40% em agosto devido à retomada da pressão nos alimentos.

O cenário para 2024 aponta desaceleração gradual, com inflação anual prevista em torno de 5%, com efeitos de sazonalidade e mudanças nos preços de commodities e câmbio. O próximo período deve marcar uma retomada, embora controlada, da inflação geral no país.

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Com informações do Jornal Diário do Povo

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