Governo planeja evento para sancionar lei de isenção do IR até R$ 5 mil

O governo Lula prepara um evento no Palácio do Planalto ainda nesta semana para marcar a sanção da lei que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para contribuintes com rendimentos de até R$ 5 mil mensais. A aprovação unânime pelo Senado na última semana é vista como uma vitória simbólica após meses de derrotas regimentais na Câmara. A cerimônia será realizada com a presença de ministros, líderes partidários e o relator da matéria, Randolfe Rodrigues, do PT do Amapá.

Impacto fiscal e objetivo político do projeto

A equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estima que o impacto fiscal da medida será de cerca de R$ 18 bilhões ao ano. Essa despesa será compensada por tributações adicionais sobre fundos exclusivos e apostas esportivas, conforme informações oficiais. O governo considera o projeto como uma de suas principais bandeiras e uma das primeiras entregas de impacto direto ao contribuinte desde o início do mandato.

Reforço às discussões sobre tributação de setores relacionados

Paralelamente, o governo apoia a tramitação do projeto de lei do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que aumenta a tributação sobre casas de apostas digitais, fintechs e bancos. Relatado por Eduardo Braga (MDB-AM), o texto deve ser apreciado na próxima semana pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, presidida por Calheiros, embora ainda enfrente resistência no Congresso.

Evento de assinatura como ato político

A cerimônia no Palácio do Planalto será um ato político planejado para reforçar a imagem do presidente Lula junto à classe média e reafirmar o compromisso do governo com o discurso de “ajuste com justiça social”. A iniciativa também visa reforçar o alinhamento do Executivo com a pauta econômica aprovada no Congresso.

Expectativas e impacto eleitoral

Assessores presidenciais afirmam que Lula vê a sanção da lei como uma das primeiras ações de impacto palpável na vida do contribuinte desde o início de seu mandato. Além de sinalizar ganhos sociais, a medida busca neutralizar possíveis desgastes na relação com o Congresso e reforçar a estratégia eleitoral de 2026, que inclui avanços em políticas sociais e fiscais.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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