Banco Central avalia cenário externo adverso devido ao conflito no Oriente Médio

O Banco Central divulgou, nesta terça-feira (24/6), a ata da reunião de junho do Comitê de Política Monetária (Copom), destacando que o cenário externo permanece “adverso e particularmente incerto”.

Conflito no Oriente Médio aumenta a incerteza internacional

Segundo o documento, o conflito entre Irã e Israel, que se intensificou nos últimos dias, com troca de ataques e ações dos Estados Unidos, contribui para a elevação da incerteza global. A intervenção dos EUA, que atacaram instalações nucleares iranianas, e a retomada do cessar-fogo nesta terça-feira, com acusação de violação por parte do Irã, refletem a complexidade da situação. Neste contexto, o consenso é de que ainda é cedo para avaliar a magnitude do impacto na economia brasileira.

Instabilidade fiscal nos EUA reforça ambiente de incerteza

Falta de clareza sobre a trajetória fiscal americana

Outra preocupação ressaltada pelo Banco Central é a indefinição sobre a política fiscal dos Estados Unidos. Conforme o documento, “não há clareza sobre a magnitude de estímulos ou a consolidação fiscal final adotada pelo governo norte-americano”.

Apesar da reversão parcial do conhecido “tarifaço” — imposto tarifário impulsionado pelo ex-presidente Donald Trump — que tem contribuído para uma melhora no ambiente externo, a instituição considera que esse movimento não foi suficiente para alterar o cenário de instabilidade.

Perspectivas de reversão do cenário internacional

O Copom assinala que, embora alguns desenvolvimentos tenham apontado para uma possível melhora, como a redução das tarifas, a percepção dominante é de que o ambiente internacional continua marcado por volatilidade e incerteza. “O colegiado avalia que o choque de incerteza pode ser relevante para a economia brasileira”, afirma o documento.

Impacto na economia brasileira

Segundo o Banco Central, a avaliação sobre os efeitos do conflito no Oriente Médio e das políticas fiscais externas será feita de forma cautelosa, dada a complexidade do cenário global atual. O órgão reforça a importância de monitorar os desdobramentos para definir estratégias de política monetária e fiscal próximas.

A expectativa é de que a volatilidade continue influenciando os mercados e a inflação, mantendo o ambiente de incerteza bastante presente no cenário econômico brasileiro.

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Com informações do Jornal Diário do Povo

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