Banco Central lança ferramenta para bloquear abertura de contas fraudulentas

O Banco Central (BC) lançou nesta segunda-feira (1º) o BC Protege+, uma nova ferramenta que possibilita a pessoas e empresas bloquear a abertura de contas bancárias indesejadas ou fraudulentas. A iniciativa visa evitar a criação de contas com identidade falsa ou usando informações de terceiros de forma ilícita, reforçando a segurança no sistema financeiro brasileiro.

Como funciona o BC Protege+

A ativação do serviço impede que o usuário seja incluído como responsável, seja como titular ou representante, em contas de outras pessoas ou empresas. Quando ativado, o sistema informa ao Sistema Financeiro Nacional que aquele usuário não aceita ser responsável por contas de terceiros, fortalecendo a proteção contra fraudes.

De acordo com Carlos Eduardo Gomes, chefe do Departamento de Atendimento Institucional do BC, “as instituições são obrigadas a fazer consulta para qualquer abertura de conta a partir de hoje. É um novo procedimento que os cidadãos precisam aprender”.

Dados e adesão ao sistema

Até o início da tarde desta segunda-feira, quase 8 mil pessoas já haviam ativado o bloqueio, e 263 tentativas de abertura de contas foram rejeitadas devido à implementação do BC Protege+. Para acessar o serviço, é necessário ter uma conta Gov.br de nível prata ou ouro com verificação em duas etapas habilitada.

O sistema está disponível no site do Banco Central, na área logada do Meu BC (site do Banco Central), onde usuários podem ativar ou desativar a proteção a qualquer momento. A ferramenta abrange contas de depósitos à vista, contas de poupança e contas de pagamento pré-pagas, incluindo a realização de novas aberturas, independentemente do banco ou conglomerado financeiro.

Segurança e futuras ampliações

Segundo o BC, quando há uma tentativa de abertura de conta com o BC Protege+ ativado, o usuário será informado sobre qual instituição consultou seus dados para a abertura da conta. “O relacionamento de um cidadão com uma instituição financeira geralmente começa com a abertura de uma conta. Pode ser que naquele mesmo momento você faça uma operação de crédito, um cartão de crédito, um crédito consignado, mas a conta está naquele pacote inicial”, explicou Carlos Eduardo Gomes.

A expectativa do Banco Central é ampliar a proteção para outros produtos e serviços financeiros, como chaves Pix, operações de crédito e emissão de cartão de crédito, dependendo do nível de adesão ao sistema. Além disso, na plataforma Meu BC, os usuários podem consultar o Relatório de Contas e Relacionamentos (CCS), que exibe os vínculos financeiros e suas datas de início e fim, ajudando a identificar usos indevidos de seus dados.

Contexto e perspectivas

A implementação do BC Protege+ foi anunciada em maio de 2025 e desenvolvida em diálogo com o setor financeiro. A ferramenta reforça a preocupação do Banco Central com a proteção do consumidor e a integridade do sistema financeiro nacional, promovendo maior controle e transparência na abertura de contas.

Para saber mais detalhes sobre a ferramenta, acesse a notícia completa no site da Agência Brasil.

Com informações do Jornal Diário do Povo