CEO da Petrobras faz nova tentativa de indicar diretora, mas enfrentam vetos e questionamentos
A CEO da Petrobras, Magda, tenta novamente emplacar Angélica Laureano na presidência daTransportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), subsidiária da estatal. A indicação ocorre após a rejeição do primeiro nome, William Nozaki, por não cumprir critérios de experiência de gestão.
Rejeição de William Nozaki por falta de experiência
O primeiro indicado, William Nozaki, foi descartado pela área corporativa da Petrobras por não atender à exigência de ao menos dez anos em cargos de liderança, conforme o estatuto da empresa. Apesar de ser gerente executivo de transição energética, ele possui um histórico limitado em posições de gestão e não foi aprovado na verificação de currículo.
Formado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP) e com mestrado em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Nozaki atuou como assessor de Aloizio Mercadante no BNDES, além de ter trabalhado como diretor do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), ligado à Federação Única dos Petroleiros (FUP). Em suas publicações, ele manifesta posição contrária à liberalização do mercado de gás e acredita em teorias de conspiração envolvendo Lava-Jato, impeachment de Dilma Rousseff e a eleição de Jair Bolsonaro.
Indicação de Angélica Laureano e as controvérsias
Magda agora apoia a nomeação de Angélica Laureano, atual presidente da TBG desde o final de 2024, que possui uma trajetória de cargos de gestão na empresa, incluindo conselheira da subsidiária e presidente da Gaspetro. A escolha, porém, também encontra obstáculos.
William Nozaki, contudo, não passou na verificação de antecedentes feita pela diretoria corporativa, responsável por aprovar os nomes. Sua ligação com o PT e seu perfil político colidem com os critérios de experiência e histórico gerencial exigidos para o cargo.
Conexões políticas e resistência interna
A indicação de Magda ocorreu em um momento de disputa política interna na Petrobras, após a decisão do governo de atuar na diretoria com quadros ligados ao PT, uma vitória nesta estratégia sobre as pretensões do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Angélica Laureano, que é amiga próxima de Magda, conta com o respaldo de aliados políticos, o que reforça sua candidatura.
A disputa revela tensões entre áreas técnicas e interesses políticos na estatal, com vetos e mobilizações pela manutenção de nomes alinhados ao governo ou ao núcleo da administração atual.
Próximos passos e perspectivas
Segundo fontes próximas ao processo, a expectativa é que a nova indicação seja avaliada na liderança da estatal nas próximas semanas, enquanto o governo busca consolidar a sua influência na gestão da Petrobras. A resistência interna ainda representa um obstáculo importante para a nomeação definitiva de Angélica Laureano.
Mais informações sobre o andamento do processo podem ser acessadas no material publicado pelo O Globo.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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