Shell se prepara para possível interrupção no comércio de petróleo devido ao conflito entre Irã e Israel

A Shell, uma das maiores empresas de petróleo e gás natural do mundo, anunciou que está implementando planos de contingência diante do risco de que o conflito entre Israel e Irã interrompa os fluxos de energia na região do Golfo Pérsico. A warning foi feita pelo CEO Wael Sawan durante a Cúpula de Energia do Japão, em Tóquio, que destacou que um eventual bloqueio no Estreito de Ormuz teria um impacto considerável no mercado global de petróleo.

Risco de bloqueio e impacto no mercado internacional

Segundo Sawan, se essa artéria vital for bloqueada, seja por motivos políticos ou militares, o efeito no comércio mundial será enorme. “Temos planos prontos caso a situação se agrave”, afirmou o CEO da Shell. O Estreito de Ormuz, que conecta o Golfo Pérsico ao Oceano Índico, responde por cerca de 25% do comércio mundial de petróleo, tornando-se uma rota estratégica de alta vulnerabilidade.

O Irã, que já atacou navios no passado e ameaçou bloquear a passagem, tem feito interferências nos sinais de navegação na região nos últimos dias. A preocupação é que essas ações possam evoluir para um bloqueio efetivo, o que agravaria ainda mais as tensões no mercado de energia mundial.

Tensões e possibilidade de escalada

Enquanto os preços do petróleo dispararam devido às tensões crescentes, ainda não houve interrupções significativas nos fluxos de energia, embora os operadores estejam em estado de alerta máximo. Recentemente, o Catar pediu que os petroleiros aguardassem fora do Estreito de Ormuz até que tudo estivesse sob controle, e a japonesa Nippon Yusen KK ordenou que seus navios mantivessem distância segura da costa iraniana.

Preparação de países e empresas

Além das ações da Shell, fontes familiarizadas com o assunto indicam que altos funcionários dos Estados Unidos estão se preparando para um possível ataque ao Irã, o que poderia envolver o envolvimento direto de Washington no conflito. Analistas da RBC Capital Markets advertiram que os riscos de interrupções graves no fornecimento de energia aumentariam caso os líderes iranianos percebessem uma ameaça existencial.

A situação permanece em evolução, com o cenário internacional altamente tenso e em constante monitoramento por parte de governos e empresas do setor de energia.

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Fonte: O Globo

Com informações do Jornal Diário do Povo

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