Governo demite três policiais da PRF envolvidos na morte de Genivaldo

O ministro da Justiça, Flávio Dino, confirmou nesta segunda-feira (14) que assinou a demissão dos três agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, asfixiado por gases tóxicos dentro de viatura em 2022. Outros dois policiais foram suspensos.

“Não queremos que policiais morram em confrontos ou ilegalmente matem pessoas”, disse o ministro. “Determinei a revisão da doutrina e dos manuais de procedimentos da Polícia Rodoviária Federal, para aprimorar tais instrumentos, eliminando eventuais falhas e lacunas”, falou. O prazo para essa revisão é de 120 dias.

Os agentes envolvidos na morte são idenntificados po Paulo Rodolpho Lima Nascimento, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas. O julgamento, segundo o Ministério da Justiça, ainda não tem data marcada.

As demissões, segundo o ministério, são baseadas em “infrações disciplinares” e violação dos deveres da função, como “observar as normas legais e regulamentares, e de tratar com urbanidade as pessoas; e praticar injusta ofensa física, em serviço, a particular”.

A Polícia Rodoviária Federal também sugeriu a suspensão de outros dois agentes, por 32 e 40 dias, “por terem preenchido boletim de ocorrência sem a devida transparência e informações relevantes”.

Relembre o caso
A morte aconteceu no dia 25 de maio de 2022 em Umbaúba (SE). Na ocasião, Genivaldo foi abordado em uma blitz da PRF enquanto pilotava sua moto na BR-101. Segundo os policiais, ele estaria sem capacete.

Ao ser questionado, teria tentado explicar que tomava remédios para distúrbios psiquiátricos, o que foi confirmado pelo sobrinho que o acompanhava, Wallison de Jesus.

Ao chamarem reforços, os policiais começaram uma série de agressões. Genivaldo foi jogado em um porta-malas da viatura da PRF, sob fumaça intensa. A cena foi registrada em vídeo pelos celulares de testemunhas presentes.

Da Redação

Share this content:

Publicar comentário