Josenildo Melo - Foto: Reprodução

Quem será o novo Papa?

As especulações já começaram. Fontes fidedignas afirmam que a “bolsa de apostas” já está em vigor. Quem é o primeiro a surgir no cenário internacional? Dom Robert Sarah já ocupa as colunas de sites e portais. O Cardeal da Guiné é um dos nomes das listas de “papáveis”. Um papa negro – na cor da pele, não na atuação – diz Vilma Gryzinski em sua coluna, teria um impacto maior ainda que o argentino Jorge Bergoglio, que surpreendeu o mundo ao ser eleito, escolhendo o nome de Francisco. Robert Sarah é o cardeal que vive voltando às listas de candidatos para ocupar o trono de São Pedro, embora encontre oposição das correntes mais progressistas. Não é nada parecido com o que acontece no exagerado filme Conclave, mas é claro que as especulações – e as articulações – são constantes. Sarah tem a desvantagem da idade, 77 anos, e das restrições aos que o consideram conservador demais. Exatamente por isso, também desfruta das simpatias dos que rejeitam os excessos do progressismo da Igreja, considerando-os um dos motivos do desencanto dos fiéis que esvaziam os templos em massa pois se deparam com duas negativas: nem a Igreja adota plenamente o espírito do tempo em termos laicos, nem conserva o poder dos rituais e a confiabilidade de uma doutrina que era inabalável.

 Quem será o novo Papa? De acordo com Jonathan Liedi sessenta e um cardeais estão entre os membros votantes do Sínodo da Sinodalidade, o que significa que há uma boa chance de que o sucessor do Papa Francisco, de 88 anos, “esteja agora mesmo” na sessão sinodal. Alguns cardeais participantes, como o arcebispo emérito de Boston, EUA, dom Seán cardeal O’Malley, não podem votar num futuro conclave por terem passado do limite de 80 anos de idade. Mas quase metade dos 122 cardeais eleitores atualmente elegíveis para votar num novo papa “estão na reunião no Vaticano”. Isso torna o encontro o horário nobre para os papabili, aqueles com chance de serem papa, darem o melhor de si. O Sínodo da Sinodalidade é um evento eclesial altamente significativo, e bastante controverso, com enormes implicações para o futuro da Igreja Católica. É bem possível que a principal questão entre os cardeais eleitores num futuro conclave seja como o próximo papa vai, ou não, levar adiante a iniciativa que é a marca do pontificado do Papa Francisco. Com isso em mente, o que os cardeais dizem ou deixam de dizer no sínodo traz uma camada adicional de significado. Nosso amigo Dom Sérgio da Rocha é papável?

 Quem será o novo Papa? Mais de sessenta cardeais estão a ajudar a traçar o futuro da Igreja e é quase certo que entre este seleto grupo está o sucessor do Papa Francisco. A reportagem é de Robert Mickens, publicada por La Croix Internacional. Mas diz é também surpreendente que existam outros cardeais que foram mencionados no passado como candidatos para ocupar a Cátedra de Pedro e que não participam no Sínodo. E os principais entre eles são três homens que, na verdade, levam o nome do Príncipe dos Apóstolos – os cardeais Péter Erdo, da Hungria, Odilo Pedro Scherer, do Brasil, e Peter Turkson, do Gana. Os dois primeiros não foram delegados eleitos pela respectiva conferência episcopal nacional. E talvez o mais revelador é que nenhum dos três foi convidado pelo Papa Francisco. “A fé é a coisa mais importante da vida, então servir a fé dos outros, transmitir a fé, ensinar a fé e especialmente administrá-la na liturgia, são as maiores coisas da vida”. Foi o que disse o arcebispo de Esztergom-Budapeste, cardeal Peter Erdő, Primaz da Hungria, a propósito da convicção que inspirou sua vocação.

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Por Josenildo Melo

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