PMEs brasileiras enfrentam ritmo mais lento no quarto trimestre de 2025

As pequenas e médias empresas (PMEs) do Brasil iniciaram o quarto trimestre de 2025 com desempenho mais tímido, conforme revelou o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs). Após avanços mais expressivos nos meses anteriores, a estabilidade de 0,6% em outubro aponta uma pausa na recuperação que vinha acontecendo desde junho, interrompendo uma sequência de quatro meses de forte crescimento.

Setores variados apresentam resultados distintos

A indústria se destacou positivamente, apresentando crescimento de 5,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. De acordo com dados do índice, 15 dos 23 subsetores da setor de transformação registraram aumento no faturamento real, com destaque para produtos de metal, químicos e celulose e papel. A retomada iniciada em maio ganha impulso, embora o setor ainda enfrente desafios para consolidar a recuperação.

Setor de comércio e serviços mostram retração

Por outro lado, o comércio voltou a registrar queda, com uma retração de 3,5% no faturamento médio real das PMEs em comparação anual. Tanto o atacado quanto o varejo contribuíram para esse recuo, que foi mais acentuado no varejo, com uma queda de 7,6%. Algumas nichos, como o varejo de calçados e de artigos de relojoaria, resistiram à tendência de queda e mantiveram crescimento.

O setor de serviços também apresentou o segundo resultado negativo do ano, registrando uma redução de 1,6% em outubro, ante o mesmo mês de 2024. Apesar da diminuição geral, segmentos como transporte, armazenagem, atividades financeiras e de seguros continuam com desempenho positivo, demonstrando uma dinâmica desigual na economia de serviços.

Infraestrutura e cenário macroeconômico

A área de infraestrutura seguiu em retração, com queda de 4,2% em outubro, após recuo de 2,3% em setembro. O segmento de construção civil, especialmente nas áreas de construção de edifícios e serviços especializados, tem demonstrado perda de fôlego ao longo do ano. No cenário macroeconômico, a inflação controlada, impulsionada pela desaceleração na alta de alimentos e bebidas, é vista como um aspecto positivo.

Contudo, os juros elevados ainda representam um obstáculo, restringindo o desempenho de setores dependentes de crédito. A análise do índice confirma a complexidade do ambiente econômico atual, que mescla sinais de recuperação com desafios estruturais.

Perspectivas para o encerramento do ano

Mesmo com a desaceleração observada em outubro, o setor demonstra uma recuperação mais consolidada em 2025, conforme indicam os dados acumulados do ano. A continuidade do processo dependerá do cenário de juros e de movimentos futuros da inflação, que pode influenciar o ritmo de crescimento das PMEs nos próximos meses.

Mais detalhes sobre o desempenho das pequenas e médias empresas brasileiras podem ser acessados na matéria completa pelo Fonte oficial.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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