Lula destaca mineração de minerais críticos para estratégia de desenvolvimento verde

Durante a cúpula do Mercosul em Buenos Aires, o presidente Lula destacou a relevância da cooperação entre os países do bloco para o aproveitamento sustentável de minerais críticos, como lítio e terras raras. Em seu discurso, ele afirmou que esses recursos podem impulsionar a transição energética e fortalecer a inserção internacional da região.

Minerais críticos e o papel do Mercosul

Lula afirmou que o Mercosul ampliado é uma plataforma estratégica para a coordenação de políticas de mineração e beneficiamento de minerais como o lítio e terras raras. Segundo o presidente, garantir etapas de beneficiamento em território regional é essencial para gerar emprego, tecnologia e renda. “A corrida por minerais como litío, terras raras, grafita e cobre já começou. Nosso bloco deve estabelecer uma política coordenada para aproveitar essa oportunidade”, destacou.

Contexto mundial e potencial da região

Minerais críticos têm grande importância na fabricação de produtos de alta tecnologia, como baterias de veículos elétricos e dispositivos eletrônicos. Entre os cinco maiores produtores globais de lítio, três estão na América do Sul: Chile, Argentina e Brasil, que possui a segunda maior reserva mundial de terras raras, atrás apenas da China. Segundo o professor Carlos Frederico de Souza Coelho, especialista em Relações Internacionais da PUC-Rio, uma cooperação regional sobre esses minerais pode aumentar a capacidade de barganha do bloco em negociações internacionais.

Desafios e oportunidades para o continente

O Brasil e seus vizinhos enfrentam dificuldades na industrialização de setores de maior valor agregado, mas a importância dos minerais na transição energética torna o lítio uma commodity estratégica para toda a região. “A ideia é que, ao coordenar políticas de beneficiamento, o Mercosul possa se posicionar melhor no mercado global”, avalia Coelho.

Perspectivas de integração e obstáculos

Apesar do potencial, há dúvidas quanto à atração de indústrias de ponta para o bloco, devido a fatores variados, como custos e infraestrutura. Coelho explica que a coordenação das políticas nacionais é fundamental para fortalecer o poder de negociação do Mercosul em negociações bilaterais e multilaterais.

Enquanto isso, o mundo acompanha a disputa por minerais estratégicos. Nos Estados Unidos e na China, acordos já foram firmados para garantir o acesso às terras raras, essenciais à fabricação de eletrônicos e baterias. A cooperação junto ao Mercosul pode, futuramente, consolidar a região como uma reserva de recursos críticos para o mercado global.

Para mais detalhes, confira o artigo completo no O Globo.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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