Horas antes do aguardado anúncio de um novo pacote de tarifas de Trump sobre importações nos Estados Unidos, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, conversou com o representante comercial americano, Jamieson Greer. A conversa, realizada por telefone nesta quarta-feira (2), teve como foco as sobretaxas sobre aço e alumínio, que já enfrentam um aumento de 25%, e abriu caminho para novas negociações na tentativa de proteger as exportações brasileiras.
Brasil tenta negociação diante das tarifas de Trump
A administração de Donald Trump tem adotado uma postura cada vez mais protecionista no comércio exterior. A estratégia, chamada pelo republicano de tarifas recíprocas, visa impor impostos a produtos importados de países que, segundo ele, aplicam taxas injustas a mercadorias americanas.
No caso do Brasil, além do aço e do alumínio, o etanol também entrou na mira do governo americano, devido à diferença de taxação entre os dois países. As novas tarifas, segundo especialistas, podem atingir uma ampla gama de produtos brasileiros, incluindo suco de laranja e aviões da Embraer.
Efeitos do protecionismo americano na economia brasileira
A imposição de tarifas adicionais por parte dos EUA pode comprometer a competitividade de diversos setores da economia brasileira. Segundo analistas, a taxa de até 25% sobre importados pode afetar drasticamente a exportação de commodities, gerando impactos no agronegócio e na indústria nacional.
A medida também preocupa o governo brasileiro, que busca alternativas para minimizar os danos. Entre as opções consideradas, estão acordos bilaterais, pedidos de isenção e até medidas de retaliação contra produtos americanos.
Retaliação brasileira está em debate
No Brasil, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva já avalia possíveis respostas caso as sobretaxas se confirmem. O Palácio do Planalto tem priorizado o diálogo, mas setores da economia pressionam por medidas de reciprocidade.
Um projeto de lei sobre tarifas recíprocas está em discussão na Câmara dos Deputados, o que pode significar a aplicação de novas taxas sobre produtos importados dos EUA como resposta às decisões de Trump.
Da Redação
