Lagarde alerta sobre riscos de interferência na política monetária dos EUA

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, afirmou em entrevista à Radio Classique que, se a política monetária dos Estados Unidos deixar de ser independente e passar a depender de pressões externas, o impacto sobre o equilíbrio da economia mundial poderá ser grave. A declaração reforça a preocupação com a influência de figuras políticas na condução do Federal Reserve e seus efeitos globais.

Consequências de uma política monetária influenciada

Lagarde ressaltou que a autonomia do Federal Reserve é fundamental para a estabilidade financeira mundial. “Se a política monetária dos EUA for orientada por interesses políticos ou pessoais, o efeito sobre o equilíbrio da economia global pode ser muito preocupante”, afirmou à emissora. Ela destacou que a maior economia do mundo possui papel central na definição de taxas de juros e fluxos financeiros internacionais.

Riscos para a economia mundial

De acordo com a presidente do BCE, qualquer interferência nas decisões do Fed poderia gerar volatilidade nos mercados globais e desestabilizar a recuperação econômica após a pandemia. Segundo ela, a independência do banco central é uma das razões pelas quais a inflação nos EUA permaneceu controlada até agora.

Contexto internacional e repercussões

O alerta de Lagarde foi motivado por declarações recentes de figuras políticas dos EUA sobre interferir nas decisões do Fed, o que, na visão dela, poderia prejudicar a credibilidade das instituições financeiras e aumentar a incerteza no mercado. Para o especialista em economia internacional, João Mendes, a mensagem reforça a importância de preservarmos a autonomia dos bancos centrais diante de intervenções externas.

Impacto potencial na economia global

Segundo especialistas, uma eventual perda da independência do Fed poderia elevar a volatilidade cambial, aumentar custos de empréstimos e prejudicar os fluxos de investimentos internacionais. A preocupação é que essas mudanças prejudiquem a estabilidade financeira mundial e dificultem a recuperação econômica global.

Mais detalhes da entrevista podem ser conferidos neste link.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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