Impulso do e-commerce: micro e pequenas empresas faturam R$ 67 bilhões em 2024

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as vendas pelo comércio eletrônico das micro e pequenas empresas brasileiras passaram de R$ 5 bilhões em 2019 para R$ 67 bilhões em 2024, um aumento de aproximadamente 1.200%. A pandemia de Covid-19 acelerou esse crescimento, que se mantém como uma das principais dinâmicas do mercado atual.

Histórias de sucesso impulsionadas pela pandemia

Empreendedoras como Eleni Costa, do Ceará, exemplificam esse fenômeno. Ela, que vende produtos de casa em feira, viu no e-commerce uma oportunidade de crescer. “Na pandemia, vendi mais do que na minha loja física. Vendi roupas, perfumes, sapatos e acessórios”, relata ela, que hoje aposta em lives, promoções nas redes sociais e diversificação de produtos para sustentar seu negócio.

Outro caso é de Rogério Cissos, do interior do Ceará, que também aumentou suas vendas de informática durante a crise sanitária. “A demanda aumentou para quem ficava em casa, dependia da internet. Tive que ampliar o estoque de acessórios”, conta o empreendedor, que agora mira expandir suas lojas físicas e até exportar para outros países.

A expansão impulsionada pela recuperação econômica

O secretário de Desenvolvimento Industrial, Uallace Moreira, explica que o crescimento do comércio eletrônico no Brasil, especialmente entre 2020 e 2022, foi influenciado pela pandemia, mas se consolidou graças à recuperação econômica do país. “Esses números refletem as novas dinâmicas de mercado e o ritmo acelerado do crescimento econômico brasileiro desde 2023”, afirma.

Levantamento do MDIC revela que, além das pequenas, as médias e grandes empresas também ampliaram suas operações online. Entre 2019 e 2024, esse segmento passou de R$ 49 bilhões para R$ 158 bilhões, um aumento de 220%. Empresas como Fini, que dobrou seu faturamento em colaborações com marcas como Havaianas e Cimed, exemplificam esse avanço.

Diversificação regional e perfil de consumo

O estudo evidencia a diversificação do comércio eletrônico segundo as regiões. No Rio Grande do Sul, vinhos lideram as vendas; em Goiás, acessórios para tratores; e no Pará, alimentos como o açaí. Apesar do crescimento, a concentração de negócios permanece na região Sudeste, que respondeu por 77,2% das vendas em 2024, com São Paulo liderando o ranking de compras, responsável por 55,9% do total.

Empreendedores de diferentes estados também têm suas histórias de sucesso, como Joice Gama, de São Luís, que mudou seu foco de sapatos femininos para calçados infantis e investe na exportação para países como Colômbia e Argentina.

Perspectivas para o futuro do comércio eletrônico no Brasil

Analistas destacam que a continuidade do crescimento do e-commerce depende de investimentos em tecnologia, logística e inovação. Segundo o secretário Uallace Moreira, a expansão do setor mostra que o Brasil está no caminho certo para consolidar sua presença global nesse mercado em rápida evolução.

Para os micro e pequenos negócios, manter a presença digital e explorar novas plataformas será essencial para aproveitar o potencial de um mercado que, desde 2016, negociou mais de R$ 1 trilhão em vendas online no país. Para mais informações, acesse o fonte original.

Com informações do Jornal Diário do Povo

Publicar comentário