Governo português define privatização parcial da TAP

O governo de Portugal anunciou nesta semana a implementação de uma privatização parcial da TAP, com a venda de 49% da companhia aérea às vésperas do processo de privatização previsto para o segundo semestre de 2025. A medida ocorre após atrasos causados pela dissolução do Parlamento e pelas eleições de maio, que passaram a atrasar o planejamento inicial.

Privatização parcial atende às limitações políticas

Segundo o programa aprovado pelos deputados, a primeira fase do processo de privatização inclui a venda de quase metade das ações da TAP, preservando a sede e o centro operacional em Lisboa e mantendo as rotas ligadas ao Brasil. A proposta foi aprovada com resistência de partidos de oposição, como o Partido Socialista (PS) e o ultradireitista Chega. “Estamos avançando de forma responsável, garantindo a estabilidade da companhia e o equilíbrio econômico do país”, afirmou Mariana Vieira, ministra das Finanças, ao explicar a decisão.

Possível nova fase de privatização

O programa governamental sugere que uma segunda fase poderia ocorrer, embora não tenha estabelecido datas ou valores específicos para uma eventual expansão da privatização. Ainda assim, o governo reforça que o processo de venda ainda é uma prioridade, com previsão de inicío ainda neste semestre.

Desempenho e rotas estratégias

Com 80 anos de história, a TAP atingiu o recorde de dois milhões de passageiros nas rotas entre Portugal e Brasil em 2024, o que reforça a importância da rota para o futuro da companhia. A rota Brasil-Portugal é considerada a principal vitrine da privatização, com voos que podem chegar a 100 por semana. Lisboa continuará sendo a sede e o centro operacional principal da TAP, conforme o projeto de privatização.

Atrasos e expectativas para o processo

A dissolução do Parlamento e as eleições de 18 de maio atrasaram o processo, inicialmente previsto para o primeiro trimestre de 2025. Agora, a expectativa do governo é realizar a privatização neste segundo semestre, com o objetivo de garantir a sustentabilidade financeira e operacional da TAP no futuro.

Perspectivas futuras

A privatização parcial da TAP busca equilibrar interesses políticos e econômicos, além de preservar rotas estratégicas que conectam Portugal ao Brasil. A iniciativa é vista como um passo necessário para o fortalecimento da companhia em um mercado altamente competitivo, ao mesmo tempo que enfrenta dificuldades políticas internas.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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