Dólar cai a R$ 5,27 e atinge menor nível desde junho de 2024

Nesta quarta-feira (12), o dólar iniciou a sessão em queda, cotado a R$ 5,2700 às 9h05, refletindo um recuo de 0,05%. O movimento ocorre em meio a fatores internos e externos que influenciam as expectativas do mercado financeiro, incluindo a possível resolução da paralisação do governo americano e dados econômicos do Brasil.

Mercados internacionais e expectativa de encerramento do shutdown americano

Nos Estados Unidos, a atenção dos investidores está voltada para a votação na Câmara dos Deputados de um acordo que visa retomar o financiamento federal até janeiro de 2026. O presidente Donald Trump já sinalizou que sancionará a medida, que pode encerrar o shutdown após 43 dias de paralisação. O termo “shutdown” refere-se à suspensão parcial das atividades do governo federal por falta de aprovação orçamentária pelo Congresso.

Perspectivas econômicas e dados do Brasil

No cenário doméstico, o foco está na divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços pelo IBGE, prevista para às 9h, que serve como importante indicador para o Produto Interno Bruto (PIB) e avaliações do Banco Central. Além disso, investidores acompanham declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e de diretores da instituição, que podem sinalizar o início de um ciclo de cortes na taxa básica de juros, atualmente em 15% ao ano.

Indicadores econômicos e a taxa de juros

Na segunda-feira (11), o Banco Central divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual reafirmou a necessidade de manter uma política monetária contracionista para conter a inflação pressionada pela demanda. O IPCA de outubro saiu em 0,09%, abaixo das expectativas do mercado, e acumulou avanço de 3,73% no ano.

O comportamento do dólar e do Ibovespa

O dólar acumula queda de 1,19% na semana, 1,99% no mês e 14,68% no ano, enquanto o Ibovespa registra alta de 2,39% na semana, 5,49% no mês e 31,15% no acumulado anual. A expectativa de resolução do impasse nos Estados Unidos reforça o otimismo no mercado global, influenciando positivamente a Bolsa brasileira.

Impacto da inflação e cenário internacional

O IPCA referente a outubro mostrou desaceleração, com alta de apenas 0,09%, influenciada principalmente pela redução na tarifas de energia elétrica após a troca da bandeira tarifária. Internamente, a retomada da atividade econômica deve seguir moderada, enquanto no exterior, as bolsas europeias avançaram com a expectativa de resolução do conflito americano.

Segundo analistas, a melhora no cenário externo contribui para a estabilidade do dólar, que deve seguir vulnerável a notícias sobre o fim da paralisação estadunidense e declarações do Federal Reserve em relação à política de juros.

Fonte: g1.globo.com

Com informações do Jornal Diário do Povo

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