Dólar atinge menor valor em 17 meses e Ibovespa se aproxima de recorde

Nesta terça-feira (11), o dólar caiu 0,64%, encerrando o pregão cotado a R$ 5,273, menor valor desde 6 de junho de 2024, quando foi vendido a R$ 5,2498. O desempenho reflete o otimismo nos mercados internacionais, especialmente com o Senado dos Estados Unidos aprovando uma medida provisória de financiamento para encerrar o impasse do shutdown, que já dura 42 dias.

Cenário internacional favorece o câmbio

Analistas apontam que a expectativa de retomada na divulgação de dados econômicos nos EUA, incluindo o relatório de empregos (payroll), estimulou a valorização do real frente ao dólar. A suspensão temporária das atividades do governo norte-americano impactou negativamente o mercado, mas a aprovação da medida provisória trouxe alívio e manteve as finanças globais em equilíbrio.

Mercado doméstico e projeções econômicas

No Brasil, os investidores demonstraram confiança diante do avanço na inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro ficou em 0,09%, 0,39 ponto percentual abaixo do registrado em setembro. Já a inflação acumulada em 2025 atingiu 3,73%, enquanto o acumulado em 12 meses é de 4,68%. Em outubro de 2024, a variação tinha sido de 0,56%.

Perspectivas para a política monetária

O mercado também reagiu positivamente à ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que reforçou a preocupação com a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 15%. O documento indica que esse patamar deve permanecer por um período prolongado para garantir a convergência da inflação à meta, apesar de projeções de cortes de juros em 2026. A mudança na comunicação marca uma evolução na visão do colegiado, que antes considerava a possibilidade de manter os juros por mais tempo.

Impactos futuros

Segundo especialistas, a estabilização do câmbio e a menor inflação podem favorecer o crescimento econômico e a retomada de investimentos internos. A continuidade da intervenção do Federal Reserve, aliada à conclusão do impasse político nos EUA, será determinante para os próximos movimentos do mercado financeiro internacional e doméstico.

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Com informações do Jornal Diário do Povo

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