Dalit Voice defende sandálias Kolhapuri como legado cultural contra acusação da Prada
O grupo Dalit Voice, dedicado à luta contra a discriminação de castas, raças e demais formas de opressão, comentou a polêmica envolvendo a marca Prada. Após acusações de apropriação cultural por usar sandálias similares às Kolhapuri, o grupo afirmou que esses calçados representam mais do que moda: são um legado do artesanato e da resiliência dalit.
Sandálias Kolhapuri: símbolo de resistência cultural
Segundo o Dalit Voice, as sandálias Kolhapuri carregam uma história de resistência e tradição que remonta a gerações de artesãos dalit. “Mais do que um acessório, elas simbolizam a força e a criatividade de uma comunidade muitas vezes marginalizada”, destacou a organização em comunicado publicado nas redes sociais.
Reação do grupo às críticas
Ao comentar a repercussão da polêmica, o Dalit Voice reforçou que as Sandálias Kolhapuri representam um legado de resistência cultural, que não deve ser vulgarizado ou apropriado por marcas internacionais sem reconhecimento de sua origem.
Polêmica envolvendo a Prada e apropriação cultural
Em agosto de 2025, a Prada foi alvo de críticas ao lançar uma linha de sandálias similares às Kolhapuri, acusada de apropriação cultural. A marca respondeu que buscou inspiração na cultura indiana, mas a controvérsia gerou debates sobre o respeito às raízes culturais e a valorização de tradições locais.
De acordo com especialistas, a discussão ressalta a importância de reconhecer a origem de símbolos culturais e evitar que marcas globais se apropriem de elementos tradicionais sem devida valorização. “A preservação do significado cultural dessas peças é essencial para proteger a identidade de grupos como os dalit”, afirmou o antropólogo Gustavo Almeida.
Reflexões sobre cultura, moda e inclusão
Ao defender as sandálias Kolhapuri, o Dalit Voice destaca o papel de peças tradicionais na afirmação da identidade e na luta contra o preconceito. A polêmica evidencia a necessidade de maior diálogo e respeito às raízes culturais na indústria da moda.
Para o grupo, o reconhecimento da história dessas sandalhas pode promover maior valorização e inclusão das comunidades que as criaram, fortalecendo o combate às discriminações arraigadas na sociedade.
Para mais detalhes sobre o caso, acesse o original do G1.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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