Críticas à alta da Selic por aliados do governo Lula

Durante esta quarta-feira (18), políticos de esquerda aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e integrantes do governo condenaram a decisão do Banco Central de elevar a Taxa Selic, que agora está em 15% ao ano. A decisão foi tomada de forma unânime pelo Comitê de Política Monetária (Copom), marcando a sétima alta consecutiva desde setembro de 2024.

Reação de políticos e críticas ao aumento da Selic

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), classificou a taxa de 15% como “indecente, proibitiva e que desestimula investimentos produtivos”. Para ele, o aumento dos juros além de prejudicar a economia, não contribui para o ajuste fiscal, pois “o crescimento da dívida não vem dos programas sociais, mas do pagamento de juros”.

Em rede social, Farias acrescentou que o Banco Central deveria considerar o impacto fiscal de sua política monetária, uma vez que a alta dos juros eleva o custo da dívida pública. O deputado Rogério Correia (MG), também do PT, afirmou que vai aguardar a ata da reunião do Copom para entender se o aumento de 0,25 ponto percentual indica o fim da escalada da Selic.

Críticas de integrantes do governo e de outros partidos

Dentro do próprio governo, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, manifestou-se contrariamente à decisão do BC, alegando que “é difícil de entender a alta da taxa de juros”. O secretário de Desenvolvimento Industrial, Uallace Moreira, declarou que a elevação é uma “insanidade total”.

Políticos de outros partidos também criticararam a decisão. Orlando Silva (PCdoB-SP) falou em “sabotagem”, enquanto Taliria Petrone (PSOL-RJ) acusou o Banco Central de “querer travar o crescimento do Brasil”. Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que o Comitê de Política Monetária “reprime investimentos em infraestrutura, indústria e inovação”.

Impactos econômicos e perspectiva do governo

Especialistas e membros do governo questionaram a necessidade do aumento, uma vez que a alta da taxa de juros eleva o custo financeiro do país, além de dificultar a recuperação econômica. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, declarou que é “difícil de entender a decisão do Banco Central” e que o aumento prejudica o crescimento.

O secretário de Desenvolvimento Industrial, Uallace Moreira, chamou a decisão de uma “insanidade total” e afirmou que o governo prepara medidas para mitigar os efeitos do aumento nas atividades econômicas.

Segundo analistas, a elevação da taxa Selic contribui para o controle da inflação, mas também encarece o crédito e desestimula investimentos, o que pode frear o crescimento e aumentar o desemprego no médio prazo. O governo, por sua vez, busca equilibrar o combate à inflação com o estímulo à economia de maneira mais articulada.

Fonte: Jornal O Globo

Com informações do Jornal Diário do Povo

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