Corretora Monte Bravo fecha 2024 com prejuízo de R$ 33 milhões
A Monte Bravo, que iniciou suas operações em junho de 2024, registrou um prejuízo de R$ 33,1 milhões no seu primeiro ano oficial de atuação, segundo informações divulgadas pelos órgãos reguladores. As receitas de intermediação financeira somaram R$ 13,3 milhões, enquanto as despesas com pessoal atingiram R$ 73,2 milhões e as despesas administrativas e tributárias chegaram a R$ 25,5 milhões.
‘Despesas do início da operação’
A publicação do relatório com o prejuízo provocou uma série de mensagens falsas nas redes sociais, levantando suspeitas sobre a saúde financeira da corretora. Em resposta, a Monte Bravo enviou comunicados aos clientes para esclarecer que “os resultados da corretora são referentes às despesas do início de sua operação, investimentos estratégicos e previamente planejados para a expansão do grupo”.
Um dos principais fundadores da Monte Bravo também divulgou áudio para sua rede de assessores, reforçando a estabilidade da empresa diante das críticas. A companhia afirmou ainda que possui uma posição de liquidez sólida, com R$ 128 milhões em recursos disponíveis para continuar investindo em seu ecossistema financeiro.
Modelo de operação e participação da XP
A Monte Bravo nasceu como uma corretora “light”, cujo cliente é atendido por uma assessoria com carteira bilionária. Porém, a liquidação e custódia dos produtos ficam sob responsabilidade da XP, que tem licença mais ampla como corretora “full” ou participante de negociação pleno (PN). A parceria com a XP, que possui 45% do negócio, foi oficializada desde abril do ano passado.
Apesar do prejuízo, a Monte Bravo mantém planos de crescimento e projeta ampliar sua atuação com foco na atração de novos talentos e na expansão de sua infraestrutura. Segundo o grupo, seu objetivo é consolidar uma linha de serviços que integrará soluções financeiras e patrimoniais para os clientes.
Debate sobre modelos de assessoria
A decisão da Monte Bravo de seguir avançando como corretora terminantemente diferente de outros grandes escritórios autônomos, como Faros, Messem e Blue3, que desistiram de se tornar corretoras, tem gerado discussão no mercado. Analistas discutem qual modelo – de assessoria autônoma ou corretora de pluralidade de serviços – sairá vitorioso na sua estratégia de crescimento.
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Com informações do Jornal Diário do Povo
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