Compra da primeira casa nos EUA atinge idade média de 40 anos
A média de idade de quem compra sua primeira casa nos Estados Unidos atingiu 40 anos, o maior patamar desde o início da série histórica em 1981, segundo dados recentes da Associação Nacional de Corretores de Imóveis (NAR). Essa evolução evidencia como o sonho da casa própria tornou-se mais difícil de realizar para os americanos, diante do aumento nos preços dos imóveis e das altas nas taxas de juros das hipotecas.
Idade em aumento desde 2021 e impacto no mercado imobiliário
Desde 2021, a idade média de quem compra seu primeiro imóvel subiu de 33 para 40 anos, como revelou a pesquisa da NAR, que analisa transações realizadas entre julho de 2024 e junho de 2025. Em 1981, essa média era de 29 anos. Segundo o relatório, o perfil de compradores tem se alterado, com jovens e pessoas com menos recursos enfrentando dificuldades para se tornarem proprietários, enquanto os mais idosos e mais ricos conseguem dar entradas maiores e pagar à vista.
Valores e dificuldades atuais no mercado imobiliário norte-americano
O preço mediano de uma casa usada nos EUA atualmente é de US$ 415.200 (R$ 2,2 milhões), um aumento de mais de 50% em relação a 2019. Simultaneamente, as taxas hipotecárias quase dobraram desde o fim de 2021, dificultando ainda mais o acesso à casa própria. Jessica Lautz, vice-economista-chefe da NAR, afirmou que “as implicações para o mercado imobiliário são impressionantes” e que os compradores de primeira viagem tendem a acumular menos patrimônio imobiliário, o que pode resultar em menos movimentos de residência ao longo da vida.
Perfil dos compradores e influências no mercado atual
Os dados indicam que, neste ano, os compradores de primeira casa representaram apenas 21% do mercado — o menor índice desde o início da coleta de informações pela NAR em 1981 e aproximadamente metade da média anterior a 2008. Além disso, a idade média dos compradores recorrentes subiu de 61 anos no ano passado para 62, com entradas medianas de 23%, o nível mais alto desde 2003. A fatia de quem pagou à vista atingiu 26%, principalmente composta pelos baby boomers, que usam suas casas como fonte de renda para a aposentadoria, conforme destacou Jessica Lautz em e-mail ao, reforçando uma tendência de envelhecimento e maior recursos acumulados entre os que compram repetidamente.
Perspectivas para o mercado residencial nos EUA
Ainda segundo o relatório, o cenário de dificuldades para compradores de primeira casa tende a persistir, com o mercado imobiliário enfrentando uma fase em que a acessibilidade para as novas gerações continua desafiadora. As altas de preços e juros, combinadas com o envelhecimento do perfil de quem consegue comprar, sugerem que o sonho da casa própria poderá ficar mais distante para parcela significativa da população jovem.
Para entender como o mercado se adapta às novas condições, o setor acompanha as possíveis mudanças nas políticas de financiamento e os programas de incentivo à reforma e construção de moradias acessíveis. Recentemente, o governo dos EUA anunciou novas regras para facilitar o acesso ao crédito habitacional, apesar dos juros elevaram-se e continuarem a limitar o acesso de muitos.
Fonte: O Globo
Com informações do Jornal Diário do Povo
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