Alexandre de Moraes, ministro do STF - Foto: Reprodução

Alexandre de Moraes autoriza desbloqueio do X

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira (8) a volta do funcionamento da rede social X no país, após a empresa formalizar sua reabertura no Brasil e cumprir decisões que vinham sendo desrespeitadas, como bloqueio de contas e pagamento de multas.

“Decreto o término da suspensão e autorizo o imediato retorno das atividades do X Brasil Internet LTDA em território Nacional e determino à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que adote as providências necessárias para efetivação da medida, comunicando-se esta Suprema Corte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas”, diz a decisão.

O acesso ao X estava bloqueado desde 30 de agosto, por ordem de Moraes, posteriormente confirmada pela Primeira Turma do STF.

O ministro suspendeu o serviço após o X fechar seu escritório no Brasil, por determinação do seu dono, o bilionário Elon Musk, numa tentativa de dificultar o cumprimento de decisões contra a plataforma.

A empresa entendia como uma afronta à liberdade de expressão as determinações de Moraes para derrubar perfis que estariam divulgando desinformação e ataques contra o sistema democrático brasileiro e autoridades, em especial ministros do STF.

Além do bloqueio do X, Moraes também reagiu multando outra empresa de Musk no Brasil, a Starlink, provedora de acesso à internet, e chegou a bloquear suas contas no país.

Na segunda metade de setembro, porém, o X reviu sua posição e apontou novos advogados para sua defesa no STF. Já no dia 26, enviou à Corte um pedido para liberação da plataforma.

“O X adotou todas as providências indicadas por Vossa Excelência como necessárias ao reestabelecimento do funcionamento da plataforma no Brasil”, diz petição assinada pelos advogados da empresa.

No documento, o X informou que já tinha formalizado novamente a advogada Rachel de Oliveira Villa Nova como sua representante legal. Ela já havia ocupado a função antes de a empresa fechar seu escritório brasileiro.

No pedido para desbloquear a plataforma, os advogados informaram também o cumprimento da determinação para suspender nove contas de usuários investigados por supostos crimes.

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