Banco Central afirma que estabilidade financeira não está em risco, mas alerta para ameaças cibernéticas
O Banco Central (BC) anunciou nesta quarta-feira (12) que não há risco relevante para a estabilidade financeira do Brasil, destacando que o sistema permanece com capitalização e liquidez adequadas, além de provas de resistência em testes de estresse realizados no primeiro semestre deste ano.
Robustez do sistema financeiro e alertas sobre ataques cibernéticos
De acordo com o relatório de estabilidade financeira divulgado pelo BC, o sistema financeiro nacional mantém sua força, apesar de eventos recentes que indicaram vulnerabilidades. “Os testes de capital e de liquidez demonstram a robustez do sistema bancário”, afirmou o documento. Contudo, a autoridade monetária ressaltou o impacto de incidentes envolvendo empresas que fornecem serviços tecnológicos a instituições financeiras.
Preocupações com ameaças cibernéticas
O BC avalia que ataques cibernéticos a empresas de tecnologia representam uma preocupação concreta, pois indicam que grupos criminosos possuem alto grau de conhecimento sobre a arquitetura dos sistemas bancários. “Esses criminosos demonstram táticas avançadas, incluindo ataques que exploram aspectos específicos da infraestrutura das instituições financeiras”, explicou o relatório.
Após uma série de incidentes em setembro, o Banco Central adotou medidas para reforçar a segurança do sistema financeiro. Entre elas, estão limites menores de transferência por PIX e TED, além da necessidade de aprovação prévia do BC para entrada de novas instituições no sistema. A certificação técnica também passou a ser obrigatória para que empresas operem no setor financeiro.
Eventos de segurança cibernética no setor financeiro
Durante setembro, várias instituições foram vítimas de ataques cibernéticos. A fintech Monbank informou ter sido alvo de hackers, que desviaram R$ 4,9 milhões, embora a maior parte dos recursos já tenha sido recuperada, e nenhuma conta de clientes foi comprometida. Simultaneamente, a Sinqia, responsável por conectar bancos ao sistema PIX, anunciou que um ataque resultou no desvio de aproximadamente R$ 710 milhões em transações não autorizadas.
Outro incidente, em julho, envolveu a C&M Software, empresa que conecta instituições financeiras ao Banco Central, que comunicou ter sido alvo de ataque à sua infraestrutura. Além disso, uma megaoperação conduzida no final de agosto desarticulou um esquema criminoso envolvendo pelo menos 40 fundos de investimento e diversas fintechs, que estavam ligados a atividades ilegais no setor de combustíveis.
Segundo o relatório do BC, o aumento da frequência desses ataques demanda atenção redobrada das autoridades e do setor financeiro para proteger a infraestrutura tecnológica e evitar consequências mais graves para o sistema bancário nacional.
Para mais informações, acesse a matéria completa no g1.globo.com.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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