Preços de alimentos caem 0,16% em outubro, quinto mês de redução
Os preços dos alimentos consumidos nos lares brasileiros sofreram queda de 0,16% em outubro, de acordo com o último levantamento do IBGE. Essa foi a quinta diminuição consecutiva, totalizando um recuo de 2,5% nesse período, influenciando positivamente o orçamento doméstico dos brasileiros.
Queda nos preços de alimentos essenciais e impacto na inflação
Apesar da alta de 8,56% na batata-inglesa em outubro, o item apresenta uma redução de 29% nos últimos cinco meses. A cebola recuou 29,7%, enquanto tomate e alho tiveram quedas de 19,8% e 20,3%, respectivamente. Outros itens, como a laranja-pera e o ovo de galinha, também ficaram notavelmente mais baratos, com decréscimos de 18,3% e 15,2% no mesmo período.
Reduções específicas em outubro
Considerando apenas o mês de outubro, alimentos como arroz (-2,49%) e leite longa vida (-1,88%) tiveram diminuições de preços, contribuindo para o cenário de desaceleração da inflação de alimentos.
Contexto sazonal e fatores de influência nos preços
Apesar da expectativa de alta de preços devido ao período de festas e condições climáticas desfavoráveis, a surpresa positiva refletiu uma desaceleração inesperada na inflação de alimentos. Segundo Luciano Costa, economista-chefe da corretora Monte Bravo, o impacto do clima não foi tão severo quanto em anos anteriores. “As chuvas atrasaram, mas não prejudicaram tanto a oferta de alimentos in natura, além da redução na exportação de produtos devido ao tarifaço do governo dos EUA, que aumenta a oferta interna de alguns itens”, explicou.
O café, por exemplo, apresenta recuo de 3,52% nos últimos quatro meses, após um pico de alta de 82,24% em 12 meses até maio. Essa oferta maior no mercado doméstico ajudou a conter preços, enquanto outros alimentos sofreram variações mais modestas.
Perspectivas futuras e tendências de preços
Especialistas alertam que, apesar do alívio recente, a expectativa é de aumento na pressão inflacionária nos próximos meses, especialmente devido às festas de fim de ano, que elevam a demanda, e às condições climáticas que continuam influenciando a cadeia de produção. Costa reforça que, embora as chuvas tenham atrasado, a sazonalidade ainda deve pressionar os preços de proteínas e carnes no fim do ano.
Para quem quer se planejar melhor, a calculadora do 13º salário pode ajudar a prever o impacto nas finanças no próximo mês.
Apesar do cenário de estabilidade nos últimos meses, economistas apontam que fatores externos, como a situação internacional, podem influenciar a inflação de alimentos nos próximos períodos, indicando uma tendência de cuidado e atenção ao orçamento familiar.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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