Niterói lidera rendimento médio no Brasil, supera Rio e São Paulo
Dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE mostram que Niterói alcançou uma das maiores rendas médias do Brasil: R$ 5.371,43 por trabalhador, mais que o dobro da média nacional, estimada em R$ 2.851. O desempenho posiciona o município entre as 19 cidades brasileiras cujo rendimento ultrapassa quatro salários mínimos da época, que era R$ 1.212.
Niterói entre as cidades mais ricas do país
O rendimento médio de Niterói supera facilmente o registrado em capitais como São Paulo (R$ 4.547,62) e Rio de Janeiro (R$ 4.081,71). Segundo o IBGE, as regiões Sudeste e Sul concentram as maiores rendas per capita do Brasil, com destaque para Nova Lima (MG), líder com R$ 4.300, São Caetano do Sul (SP), com R$ 3.885, e Florianópolis (SC), com R$ 3.636. Balneário Camboriú (SC) e Niterói integram o grupo das cinco primeiras posições.
Diferenças regionais e desigualdade socioeconômica
Apesar dos números expressivos, o Brasil mantém uma forte desigualdade social. Municípios do interior e regiões remotas apresentam rendimentos muito inferiores. No estado do Rio, Niterói se destaca como a cidade com maior renda média, enquanto São Gonçalo registra R$ 2.122,54 e Maricá, impulsionada pelos royalties do petróleo, apresenta R$ 2.778,51. Itaboraí tem o pior desempenho, com R$ 1.896,86.
Características das cidades de alta renda
A presença de Niterói entre as 20 cidades de maior renda do país reflete um padrão comum, segundo o IBGE: municípios de médio porte, integrados às grandes regiões metropolitanas e com alta concentração de moradores de renda elevada. Outros exemplos semelhantes são Nova Lima (MG), São Caetano do Sul (SP) e Santana de Parnaíba (SP).
Desigualdade de gênero e desafios estruturais
Apesar do alto nível de renda, o levantamento aponta que, em Niterói, a disparidade salarial entre homens e mulheres ainda é significativa. Enquanto os homens ganham, em média, R$ 6.192,22, as mulheres têm rendimento médio de R$ 4.484,01, o que representa uma diferença de R$ 1.708,21. A desigualdade de gênero no município é de 27%, maior que a média nacional, de 24%.
Segundo o economista Bruno Imaizumi, da consultoria 4intelligence, a elevada renda nas regiões metropolitanas mais ricas é resultado das desigualdades estruturais do país, influenciadas pelo nível de desenvolvimento econômico, acesso a serviços e infraestrutura local.
Perspectivas e desafios futuros
Embora os números positivos demonstrem o avanço socioeconômico de Niterói, a persistência de desigualdades de gênero e regionais aponta para desafios constantes na busca por uma maior equidade social. A expectativa é que políticas públicas continuem promovendo a inclusão e o desenvolvimento sustentável no município.
Leia mais sobre a economia de Niterói e os dados do IBGE no artigo completo na IG.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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