ouro em alta fortalece estratégia financeira da China em 2025
Em 2025, o ouro alcançou patamar recorde, ultrapassando US$ 4.000 por onça, impulsionado por tensões internacionais e a estratégia da China de fortalecer suas reservas de ouro. Pequim vem acumulando reservas há uma década, buscando reduzir sua dependência do dólar e ampliar sua influência no sistema financeiro global.
China reforça reservas de ouro em meio a tensões globais
Segundo o relatório da Bloomberg, Pequim já possui o sexto maior estoque de ouro do mundo, com mais de 11 meses de compras contínuas. A estratégia visa criar uma alternativa ao domínio financeiro dos Estados Unidos e fortalecer o papel do yuan como moeda internacional, além de impulsionar Hong Kong como centro financeiro.
Expansão do papel do ouro na política chinesa
Além de acumular reservas, Pequim tem buscado atrair bancos centrais e fundos soberanos para armazenar ouro em depósitos chineses, como na Bolsa de Ouro de Xangai. Essa movimentação minhoca o potencial de Hong Kong se tornar uma plataforma de negociação de ouro semelhante ao mercado de Londres, reforçando o sistema financeiro alternativo almejado pelo governo chinês.
A importância do ouro na resistência financeira da China
A aquisição de ouro ocorre num momento em que a China também reduz sua exposição em títulos do Tesouro dos EUA, com uma queda de 41% desde 2015. Segundo o analista da BullionVault, Adrian Ash, esse movimento faz parte da tentativa de diversificar reservas e criar uma autonomia financeira perante sanções internacionais e a instabilidade do dólar.
Impactos da alta do ouro no sistema mundial
O aumento dos preços também reflete o fortalecimento do ouro como ativo de reserva, sobretudo em função do crescimento do interesse de bancos centrais e investidores privados. Caso a participação de fundos negociados em bolsa (ETFs) atrelados ao ouro aumente apenas 1% das reservas do próprio Tesouro americano, o preço do metal pode chegar a US$ 5.000 por onça, estimam analistas do Goldman Sachs.
Perspectivas futuras e influência na geopolítica
Ao ampliar o estoque de ouro, a China busca criar um sistema paralelo ao dominado pelo dólar, oferecendo maior segurança e influência em mercados internacionais de commodities e moedas. Especialistas apontam que essa estratégia pode transformar Hong Kong em um centro financeiro global de relevância, desafiando a hegemonia de Londres e Nova York.
Por outro lado, a alta no preço do ouro também reflete a busca por ativos alternativos diante de instabilidades políticas e econômicas, incluindo o aumento da dívida pública global e as tensões entre Estados Unidos e aliados. Assim, Pequim consolida sua posição de protagonista em um cenário de mudanças no sistema financeiro mundial.
Para saber mais detalhes sobre os movimentos da China no mercado de ouro, acesse esta matéria no Globo.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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