Piauí participa da 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas
A Secretaria das Mulheres do Piauí (Sempi) está ativa na etapa regional Mangabeira da 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas, que acontece na Pousada das Ocas, em Baía da Traição, na Paraíba. O evento, que encerra nesta quinta-feira (19), conta com a votação de propostas organizadas em cinco eixos temáticos: violência de gênero, saúde, justiça climática, gestão territorial e educação, além da transmissão de saberes ancestrais com foco no bem viver.
Propostas e Participação do Piauí
Durante o segundo momento do Encontro Regional na Baía da Traição, as propostas dos cinco eixos discutidos foram apresentadas e posteriormente aprovadas após votação. Segundo Adriana Ribeiro, gerente de Articulação e Interiorização de Ações de Gênero da Sempi, o Piauí, representado por 10 lideranças, teve uma participação ativa, conseguindo aprovar todas as propostas levadas ao evento. “Foi uma participação ativa, com contribuições importantes tanto nos debates quanto nas decisões. Parabenizo toda a delegação do Piauí pelo comprometimento e pela presença forte em todos os grupos de discussão”, afirmou Ribeiro.
O evento, promovido pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga), em parceria com os Ministérios dos Povos Indígenas e das Mulheres, visa fomentar políticas públicas e fortalecer estratégias para erradicar a violência de gênero e a discriminação enfrentadas pelas mulheres indígenas.
Compromissos do Governo do Piauí
Durante o encerramento da conferência, Zenaide Lustosa, secretária das Mulheres do Piauí, reafirmou o compromisso do Governo do Estado com a valorização da memória dos povos indígenas. “O Governo do Piauí reafirma seu compromisso com a valorização da memória dos povos indígenas, que é também a nossa própria história, nosso pertencimento e o saber que orienta os caminhos para a construção de políticas públicas mais justas e eficazes”, destacou a secretária.
Além disso, Lustosa mencionou o avanço na regularização dos territórios e a implementação de políticas específicas para as mulheres indígenas no Piauí. “Estamos avançando na regularização dos territórios e na implementação de políticas específicas para as mulheres indígenas no Piauí, com foco no enfrentamento à violência, na promoção da autonomia econômica, geração de renda, sustentabilidade ambiental e na valorização da cultura”, afirmou.
Ela também reforçou a importância de fortalecer as políticas relacionadas à autonomia econômica das mulheres negras. “Hoje mesmo, estamos trabalhando na construção de um edital voltado para as mulheres negras, com foco na autonomia econômica, porque entendemos que fortalecer essas políticas é essencial”, finalizou Zenaide Lustosa.
O que esperar da etapa nacional da conferência
A etapa nacional da conferência está prevista para ocorrer de 4 a 8 de agosto de 2025, em Brasília, e deverá reunir cerca de 5 mil mulheres indígenas provenientes dos seis biomas brasileiros. O evento promete ser um marco importante na luta pelos direitos das mulheres indígenas, promovendo um espaço de diálogo e reivindicação por igualdade e respeito.
A participação ativa do Piauí na Conferência Nacional das Mulheres Indígenas ressalta a importância de se ouvir as vozes dessas mulheres e construir um futuro mais justo e equânime. A realização de eventos como este é uma oportunidade vital para discutir, apresentar propostas e fortalecer iniciativas que combaterão as violências e garantirão direitos há muito tempo reivindicados.
O envolvimento contínuo e a dedicação de lideranças locais são fundamentais para que as políticas públicas se tornem realidades efetivas que beneficiem não apenas as mulheres indígenas, mas toda a sociedade brasileira.
Com informações do Jornal Diário do Povo
Publicar comentário