Copom sinaliza manutenção da Selic em 15% e cautela na política monetária
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central confirmou nesta semana que a Selic, atualmente em 15%, deve ser mantida neste patamar por um período bastante prolongado. A decisão reforça a prioridade do órgão em controlar a inflação, que, apesar de dados melhores do IPCA em maio, ainda está acima da meta.
Perspectivas sobre a Selic e a inflação
Segundo o Copom, esse deve ser o último aumento da taxa de juros nesta fase de alta, e a manutenção por longo tempo visa garantir a convergência da inflação para a meta de 3,0%. “Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado”, afirmou o documento do BC.
A próxima reunião do colegiado será em julho, quando o órgão avaliará se o esforço acumulado até aqui será suficiente. Caso percebam necessidade, os membros do Copom sinalizaram que não hesitarão em “prosseguir” no ciclo de aperto da política monetária.
Cautela e cenário externo
O BC também destacou a importância de manter a cautela, dado o cenário externo adverso, marcado pela política comercial e fiscal dos Estados Unidos sob Donald Trump. Além disso, o comitê alertou para a intensificação das tensões geopolíticas internacionais, especialmente devido ao conflito entre Israel e Irã.
Apesar de indicadores econômicos históricos apontarem para uma desaceleração, o BC deixou claro que observa “algum dinamismo” na atividade e no mercado de trabalho. “A avaliação sobre a atividade foi ligeiramente mais forte em maio”, afirmou o documento.
Expectativas do cenário externo
O Comitê manteve a avaliação de que o cenário global permanece desfavorável, o que reforça a cautela na condução da política monetária brasileira. Além disso, o Banco Central dos EUA (Fed) manteve os juros pela quarta vez consecutiva, mas projeta duas possíveis quedas em 2025, o que influencia diretamente as decisões do BC brasileiro.
De acordo com analistas, a atual postura do BC indica que a prioridade é consolidar a expectativa de retorno à meta de inflação, mesmo com o crescimento moderado da economia e as incertezas internacionais, incluindo a guerra na região do Oriente Médio.
Para mais detalhes sobre a decisão do Copom, acesse a reportagem do Globo.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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