Varejo físico deve sofrer impacto negativo em 2026, aponta Santander

O ano de 2026 promete trazer desafios para o comércio varejista físico no Brasil, com o calendário de feriados e a realização da Copa do Mundo impactando negativamente as vendas, aponta relatório do Santander divulgado nesta semana.

Feriados e Copa do Mundo moldam o cenário do varejo

De acordo com os analistas do banco, a combinação da maior Copa do Mundo de todos os tempos e um calendário de 13 feriados nacionais, sendo 12 em dias úteis, cria um ambiente difícil para o varejo físico. Seis desses feriados cairão em segundas e sextas-feiras, formando fins de semana prolongados, o que pode afastar consumidores das lojas.

Impacto da Copa nas vendas

O relatório reforça que, tradicionalmente, as vendas de eletrônicos, artigos esportivos, bebidas e outros produtos aumentam antes dos jogos. Contudo, durante os jogos, especialmente quando o Brasil está em campo, ocorre uma quase paralisação da atividade nas lojas físicas, que muitas vezes não é recuperada posteriormente.

“A experiência da Copa de 2022 sugere impacto líquido negativo sobre o varejo, com movimento mais fraco em shoppings e lojas de rua”, ressalta o documento. Assim, o efeito esperado para o varejo em 2026 deve ser de neutro a levemente negativo, avaliam os analistas.

Perspectivas para 2026

Para o Santander, o maior desafio será o calendário de feriados, que pode complicar ainda mais o cenário do varejo físico em relação a 2025. “O calendário de 2026 é claramente pior para o varejo físico e deve reduzir alguns indicadores de vendas mesmas lojas (SSS) em relação ao ano anterior, por efeitos exclusivamente de calendário”, explica o banco.

Apesar das ações de estímulo à economia, como a expectativa de queda de juros e medidas que podem injetar mais de R$ 50 bilhões na economia — especialmente com a ampliação da faixa isenta do Imposto de Renda —, o crescimento do consumo em 2026 deve ser moderado.

Potencial de crescimento e limitações

“O impulso fiscal, concentrado nos segmentos de baixa e média renda, tem alta propensão a estimular o consumo, podendo acrescentar cerca de 0,5 a 0,7 ponto percentual ao crescimento das vendas das famílias”, afirma o relatório. Entretanto, fatores como juros elevados, endividamento recorde e o calendário desfavorável limitam o potencial de alta para bens de tíquete mais alto e formatos dependentes do fluxo de clientes.

Projeções para o futuro do varejo

Mesmo com um cenário de crescimento moderado, especialistas acreditam que 2026 será melhor para o consumo residencial do que 2025, mas sem um boom generalizado para os varejistas listados em bolsa. O impacto do calendário e eventos descartam otimismo exagerado para o setor de lojas físicas este ano.

Para mais detalhes, acesse a fonte completa.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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