UE impõe taxa de 3 euros sobre pequenos pacotes para conter importações
Os ministros das Finanças da União Europeia aprovaram na sexta-feira a imposição de uma taxa de 3 euros sobre todos os pequenos pacotes que entram nos países do bloco, com vigência prevista a partir de 1º de julho de 2025. A medida tem como objetivo reduzir o fluxo de remessas provenientes de plataformas asiáticas de baixo custo, como Shein, Temu e AliExpress.
Controle de remessas e impacto na importação de produtos asiáticos
A nova tarifa será aplicada a remessas com valor inferior a 150 euros, que em 2024 representaram aproximadamente 4,6 bilhões de pacotes na Europa, o que equivale a mais de 145 remessas por segundo. Destes, 91% tiveram origem na China, segundo dados divulgados pelas autoridades europeias.
Segundo o porta-voz da UE, a tarifa de 3 euros funcionará de forma temporária até que a União encontre uma solução definitiva para tributar essas importações. Além disso, a partir de novembro de 2026, serão introduzidas taxas de manuseio, inicialmente propostas em 2 euros por pacote, para produtos de valor inferior a 150 euros.
Reações e medidas de proteção
Produtores e comerciantes europeus têm denunciado o fluxo maciço de mercadorias importadas sem tarifas, argumentando que isso constitui uma concorrência desleal e viola normas europeias, uma preocupação que motivou a nova política. O ministro francês das Finanças, Roland Lescure, declarou que a iniciativa representa “uma grande vitória para a União Europeia”.
Especialistas apontam que essa ação faz parte de uma ofensiva mais ampla do bloco contra a entrada massiva de produtos chineses, uma das principais fontes de importações de baixo custo. “Este é apenas o primeiro passo na tentativa de equilibrar o mercado europeu”, afirmou um analista de comércio internacional.
Perspectivas futuras
A União Europeia busca implementar medidas que, além das tarifas, possam garantir maior conformidade dos produtos importados com os padrões europeus. A proposta de taxas de manuseio visa completar o processo de controle dessas remessas, protegendo os interesses dos produtores locais e assegurando a qualidade dos produtos comercializados no mercado europeu.
Para acessar o comunicado oficial e acompanhar futuras atualizações, acesse a notícia completa do Globo.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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