TV 3.0 chega ao Brasil em 2026 com inovação e interatividade
A televisão brasileira começará a passar por uma revolução digital a partir de junho de 2026, durante a Copa do Mundo, com a chegada da TV 3.0, oficialmente regulamentada pelo governo em agosto. Essa nova fase, conhecida como DTV+, ou TV 3.0, unirá os sinais de transmissão tradicional com banda larga, criando uma experiência altamente interativa e personalizada para o espectador.
Como será a televisão do futuro
Segundo Raymundo Barros, CEO do Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital, a TV 3.0 permitirá diversas funcionalidades que vão além da simples exibição de conteúdo, como compartilhar cenas em tempo real, realizar compras, aprender receitas, receber alertas de defesa civil, participar de votações e escolher ângulos de câmeras em jogos de futebol. Essas possibilidades mostram um avanço em direção à integração total entre TV, internet e dispositivos móveis.
Transformação dos canais em aplicativos interativos
O presidente do Fórum destaca que a digitalização facilitará a personalização do conteúdo, possibilitando que a TV reconheça o perfil do espectador. “Hoje, a Globo já tem uma relação individualizada com cerca de 140 milhões de brasileiros através do Globo ID. Assim, o público receberá notificações específicas, como lembretes de jogos ou recomendações de programas, de forma mais fluida e direta”, explica Raymundo Barros.
Impactos na produção e no consumo de conteúdo
Com a evolução da tecnologia, a Globo planeja lançar novelas e programas exclusivos para redes sociais, além de ampliar investimentos em canais esportivos no YouTube. “A ideia é ampliar os pontos de conexão com o conteúdo, criando uma experiência integrada que envolve diferentes plataformas”, reforça Leonora Bardini, diretora executiva da TV Globo.
Uso da inteligência artificial na produção
Na prática, a Globo já experimenta o uso de inteligência artificial (IA), tendo produzido internamente uma curta de 30 minutos com atores e cenários totalmente gerados por IA. A narrativa, que acompanha uma menina e dois gatos de rua, foi criada para entender a velocidade da tecnologia, sem previsão de transmissão para o público. “Todos os talentos eram avatares, e aspectos como a aparência brasileira e detalhes, como uma pinta em um gato, variaram a cada produção”, explica Raymundo Barros.
Desafios e oportunidades da inovação
Segundo os executivos, a combinação de IA com projetos televisivos revela possibilidades de redução de custos e aumento da criatividade na produção. “Em cenas de incêndio, por exemplo, usamos IA, o que custou uma fração do método tradicional. Ainda não colocaremos IAs humanas no ar, mas essas ferramentas já fazem parte do nosso cotidiano de produção”, afirma Raymundo Barros.
Leonora Bardini reforça que a diversão e o engajamento com o público continuarão no centro dessas mudanças. “Não se trata de criar linguagens diferentes, mas de ampliar os pontos de conexão com o mesmo conteúdo, em diferentes plataformas e formatos”, conclui.
Para acompanhar essa transformação, a Globo planeja uma implantação gradual e gratuita dos novos recursos, que representam uma grande evolução na relação entre televisão e tecnologia no Brasil. Mais informações podem ser acessadas no site do Globo.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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