Trump suspende isenção de tarifas e impacta grandes e-commerce

O governo dos Estados Unidos, sob liderança do presidente Donald Trump, anunciou na última semana a suspensão da isenção de tarifas para pequenas remessas internacionais, uma mudança que deve impactar diretamente empresas de e-commerce como Shein e Temu. A nova medida entra em vigor em 29 de agosto e prevê tarifas que podem atingir US$ 200 (R$ 1.100) por item, dependendo da tarifa do país de origem.

Fim da isenção de minimis e restrições nas importações

A regra anterior permitia que pacotes de até US$ 800 (cerca de R$ 4,4 mil) entrassem nos Estados Unidos sem a cobrança de tarifas, facilitando a entrada de produtos de diversos países a valores baixos. Essa isenção, conhecida como “de minimis”, beneficiava plataformas como Shein e Temu, que enviavam milhões de pacotes ao país a custos reduzidos.

No entanto, a partir de 29 de agosto, toda remessa será submetida a tarifas, sem exceções, independe do país de origem, incluindo China e Hong Kong, que tiveram a isenção suspensa em maio deste ano. A justificativa oficial do governo americano é que pequenas remessas são mais suscetíveis ao contrabando e ocultação de drogas ilícitas.

Implicações para o comércio eletrônico internacional

Empresas como Shein e Temu vêm adotando estratégias para minimizar o impacto da nova regra, como estocar produtos em armazéns nos EUA e aumentar o volume de remessas em grande escala. Ainda assim, especialistas alertam que, com a mudança global, os custos de envio serão repassados para o consumidor final, elevando preços e potencialmente reduzindo a competitividade.

Repercussões no mercado e nos preços dos consumidores

Segundo dados da alfândega norte-americana, no último ano fiscal, mais de 1,36 bilhão de pacotes chegaram aos EUA sob a isenção de minimis. Com a nova tarifa, os preços de produtos importados de plataformas como Amazon Haul e TikTok Shop podem sofrer aumentos, afetando tanto os consumidores quanto as empresas de venda direta.

Especialistas ouvidos pela CNN destacam que essa medida deve restringir estratégias de envio em grandes volumes e obrigar as empresas a ajustarem suas operações para evitar perdas financeiras substanciais. Assim, o impacto deve refletir em uma maior dificuldade de oferta por preços baixos e uma possível retração na competitividade dessas plataformas.

Perspectivas futuras

Analistas afirmam que a medida pode desacelerar o crescimento do comércio eletrônico internacional nos EUA e estimular a busca por alternativas para reduzir custos de importação. O governo dos EUA anunciou que a nova regra visa fortalecer o controle na entrada de mercadorias e coibir atividades ilegais.

A mudança também traz o potencial de elevar os preços finais ao consumidor norte-americano, impactando as estratégias de varejo global. Resta saber se o efeito será duradouro ou se novas flexibilizações poderão ser adotadas diante do impacto econômico no setor de comércio eletrônico.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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