Trump minimiza conflito com Powell durante visita ao Fed
Durante uma visita ao projeto de reforma do Federal Reserve na quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizou o desentendimento com o presidente do banco central, Jerome Powell, sobre estouros de orçamento. Trump afirmou que as divergências não representam uma tensão significativa e reforçou que seu foco principal continua sendo a redução das taxas de juros.
Conflito público com o Fed e impacto na política monetária
Após troca de farpas durante a visita, Trump disse a repórteres que “não havia tensão” com Powell e que as questões relacionadas ao projeto de reforma provavelmente não seriam motivos para sua demissão. “Fazer isso é um grande passo, e eu simplesmente não acho que seja necessário”, afirmou o presidente, reforçando sua intenção de manter a relação cordial.
Momento de tensão e provocações
Apesar da tentativa de amenizar o conflito, o encontro foi marcado por momentos de tensão. Trump brincou que, normalmente, demitiria um gerente de projeto responsável por estouros de orçamento semelhantes e provocou Powell sobre as taxas de juros. “Bem, eu adoraria que ele baixasse as taxas de juros. Fora isso, o que posso dizer?”, declarou o presidente.
Na ocasião, Trump também criticou os custos da reforma do prédio do Fed, de US$ 3,1 bilhões, enquanto Powell, visivelmente desconfortável, reagiu de forma seca ao tentar corrigir uma estimativa incorreta do presidente. Powell explicou que o prédio mencionado já havia sido concluído há cinco anos, interrompendo a brincadeira do presidente.
Implicações para a política monetária e relações internacionais
Apesar das provocações, a expectativa é que o Federal Reserve mantenha as taxas de juros estáveis após a reunião da próxima semana, com projeções de que haja pelo menos duas reduções até o final do ano. O episódio reforça a maior intervenção de Trump na política monetária, algo incomum para um presidente americano que tradicionalmente mantém uma distância maior do banco central.
Além disso, o presidente também abordou temas internacionais, como as negociações com a União Europeia, e reafirmou o interesse dos EUA em minerais críticos presentes no Brasil, apesar do foco principal da visita ser a reforma do Fed e as taxas de juros.
Perspectivas futuras e risco de reequipamentos políticos
Segundo fontes próximas, Powell ainda não deu sinais de intenção de deixar o cargo antes do final de seu mandato, previsto para maio. Apesar das pressões de Trump e ameaças de demissão, o banco central mantém uma postura cautelosa quanto à política monetária, visando evitar uma inflação persistente provocada por tarifas comerciais.
O episódio evidencia a tentativa de Trump de exercer maior influência sobre o Fed, em um momento de alta tensão na economia global, enquanto o banco central busca manter sua independência.
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Com informações do Jornal Diário do Povo
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