Trump manda demitir responsável pelo relatório de empregos do BLS
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (1º) que ordenou a demissão imediata de Erika McEntarfer, comissária do Bureau of Labor Statistics (BLS), após a divulgação de um relatório que mostrou uma desaceleração significativa na criação de empregos nos últimos três meses. Segundo Trump, ela teria politizado os números e, por isso, deve ser substituída por alguém mais qualificado.
Controvérsia sobre os dados de emprego
O relatório de empregos do BLS divulgado nesta sexta-feira revelou que as folhas de pagamento aumentaram em 73 mil em julho, após uma revisão para baixo de quase 260 mil nos dois meses anteriores. Nos últimos três meses, o crescimento médio foi de apenas 35 mil vagas, o que representa o pior desempenho desde a pandemia. Trump acusou a responsável pelo relatório de manipular os dados para fins políticos, sem apresentar provas concretas.
Reação do governo e Congresso
Trump declarou em suas redes sociais: “Ordenei à minha equipe que demitisse imediatamente essa indicada política de Biden”. A reação do Congresso foi de cautela, com parlamentares democratas buscando barrar a tarifação de Trump após reunião com uma comitiva brasileira, enquanto alguns senadores republicanos criticaram o ato do presidente.
Contexto e repercussões
A ex-presidente Joe Biden indicou McEntarfer para liderar a agência em 2023, e ela foi confirmada em janeiro do ano passado. A agência do Departamento do Trabalho dos EUA realiza revisões mensais e anuais nos dados do mercado de trabalho, mas nas últimas semanas, a participação das empresas na pesquisa diminuiu, com taxas de resposta abaixo de 60%, padrão anterior à pandemia.
Especialistas avaliam que a demissão da comissária pode gerar instabilidade nos métodos de coleta de dados e afetar a credibilidade do relatório, que é fundamental para a formulação de políticas econômicas no país. Além disso, o episódio reacende debates sobre o uso de informações estatísticas na política norte-americana.
O Departamento de Trabalho, procurado pela Bloomberg, não respondeu imediatamente aos pedidos de comentário até o momento. A situação reforça ainda mais a tensão entre o governo e as instituições de controle estatístico dos EUA, em meio ao clima político quente na Casa Branca.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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