Tarifa de 50% dos EUA contra o Brasil entra em vigor nesta quarta-feira
A tarifa de 50% aplicada pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros entra em vigor nesta quarta-feira (6). A medida foi anunciada na semana passada pelo presidente Donald Trump e reflete a resposta dos EUA a ações do Brasil considerados ameaças à segurança nacional e à economia americana.
Impacto imediato no mercado e reação do governo brasileiro
O dólar abriu a sessão desta quarta-feira com queda de 0,03%, cotado a R$ 5,5043 perto das 09h, enquanto as negociações no Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, começam às 10h. O mercado avalia os efeitos do tarifazo e monitora as negociações entre os governos brasileiro e americano.
Segundo analistas, o aumento das tarifas pode afetar o comércio bilateral, especialmente diante do momento delicado após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, na noite de ontem, decretada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. A decisão de Bolsonaro descumpriu medidas cautelares, incluindo a proibição de uso das redes sociais]
Contexto político e as negociações na Organização Mundial do Comércio
Embora as negociações entre Brasil e Estados Unidos estejam em andamento, ainda não há avanços concretos para evitar as tarifas. O vice-presidente do Conselho de Ministros da Camex, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil entrou com uma consulta formal na Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar a medida americana. “O presidente Lula decidirá como e quando procederá a etapa seguinte”, afirmou Alckmin.
A tarifa de 50% foi assinada por Donald Trump na semana passada e justificada pela Casa Branca como uma resposta a ações brasileiras consideradas ameaças à segurança dos EUA.
Dados econômicos e expectativas para o futuro
Além da tensão na política internacional, o mercado acompanha a divulgação da balança comercial brasileira de julho, prevista para hoje. A expectativa é de um superávit de R$ 6 bilhões, embora os efeitos do tarifaço possam influenciar os números de comércio com os EUA.
Nos próximos dias, investidores também estarão atentos aos dados econômicos do Brasil e do exterior, além de balanços corporativos. Os discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed) também ganham destaque, indicando como os EUA planejam ajustar sua política de juros.
Desempenho do dólar e do Ibovespa na semana
O dólar acumula uma perda de 0,69% na semana, uma queda de 1,69% no mês e uma redução de 10,90% no acumulado do ano. Em contrapartida, o Ibovespa registra alta de 0,54% na semana, 0,06% no mês e 10,70% na soma do ano até agora.
Perspectivas e desafios futuros
Com a entrada em vigor do tarifaço, o Brasil enfrenta um momento de incerteza nas negociações comerciais e política internacional. A decisão de entrar com uma consulta na OMC sinaliza a postura do País de buscar respaldo institucional para contestar a medida americana. Resta acompanhar os desdobramentos das negociações e possíveis retaliações, que podem moldar o cenário econômico nas próximas semanas.
Da Redação
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