Suíça avalia regular redes sociais para menores de 16 anos
A Suíça promete avançar no debate sobre a regulamentação das redes sociais para menores de 16 anos, considerando possíveis proibições e restrições, similar às medidas adotadas na Austrália. A ministra do setor declarou que a discussão ocorrerá em 2026, com apoio de um relatório em elaboração, visando proteger melhor as crianças e adolescentes.
Propostas de restrições às redes sociais na Suíça
A ministra, membro dos social-democratas de centro-esquerda, afirmou que é necessário estudar o que deve ser restringido para evitar conteúdos nocivos e combater os algoritmos que exploram a vulnerabilidade dos jovens. Segundo ela, o objetivo é decidir se o uso será limitado ou se plataformas devem bloquear conteúdos perigosos.
Ela destacou ainda a responsabilidade das próprias plataformas digitais: “Elas devem assumir o compromisso pelo que crianças e jovens consomem”, declarou ao jornal SonntagsBlick. O debate iniciará em 2026, apoiado por um relatório que deve orientar futuras ações regulatórias.
Uso de celulares em escolas suíças
Recentemente, o Parlamento do cantão de Friburgo aprovou uma proposta que impede o uso de telefones celulares por crianças até aproximadamente 15 anos de idade. A medida busca minimizar distrações e promover um ambiente de aprendizado mais concentrado.
Contexto global e exemplos internacionais
A Austrália, por exemplo, entrou em vigor em dezembro uma legislação que proíbe o uso de redes sociais por menores de 16 anos, transferindo a responsabilidade para o Estado. A medida obriga empresas de tecnologia a desativar ou excluir contas de jovens nessa faixa etária, sob pena de multas que podem chegar a cerca de R$ 180 milhões.
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, justificou a iniciativa como uma forma de “dar mais tempo aos adolescentes para crescer sem dependência digital ou pressões sociais”. A medida foi elogiada por grupos que defendem o bem-estar infantil, mas criticada por empresas de tecnologia e defensores de liberdade de expressão.
Perspectivas de regulamentação na Argentina
Na Argentina, a ministra da Educação de Buenos Aires, Mercedes Miguel, anunciou a criação de uma mesa de especialistas para desenvolver ações de proteção digital infantil. Entre as propostas, está uma possível restrição ao uso de celulares nas escolas públicas e privadas, alinhando-se às iniciativas internacionais.
Ela destacou que, em 2022, o governo local já tinha proibido o uso de telas no ensino fundamental e regido regras específicas para o uso de dispositivos digitais em sala de aula, buscando equilibrar o potencial pedagógico com os riscos associados às tecnologias.
Desafios e responsabilidades
A discussão sobre a regulação das redes sociais e o uso de celulares em menores mostra a crescente preocupação global em proteger crianças e adolescentes de conteúdos nocivos. Especialistas alertam que a chave está na orientação dos pais e na responsabilização das plataformas digitais.
Segundo analistas, promover um uso consciente e seguro da tecnologia implica em ações conjuntas entre governos, escolas e famílias, para garantir que a inovação tecnológica seja um aliado na educação e no bem-estar juvenil.
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Com informações do Jornal Diário do Povo
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