Starlink e T-Mobile lançam serviço de internet via satélite nos EUA
A parceria entre a operadora T-Mobile e a SpaceX, de Elon Musk, ganhou destaque ao lançar, em julho, o serviço “T-Satellite”, que possibilita acesso à internet pelo celular via satélite. Por enquanto, essa tecnologia ainda não está disponível no Brasil e é restrita aos Estados Unidos, incluindo Porto Rico, Havaí e partes do sul do Alaska, sem previsão de chegada ao território brasileiro.
Sinal direto do satélite ao celular
O diferencial do T-Satellite é o uso da tecnologia conhecida como Direct to Device (D2D), que permite que celulares modernos, como iPhones, Samsung e Motorola, se conectem diretamente aos satélites da Starlink em órbita baixa. Essa conexão dispensa a dependência de torres de telefonia terrestres, possibilitando sinal de internet mesmo em áreas remotas, como trilhas, florestas ou regiões desertas.
Segundo relatos de usuários de redes sociais, o sinal funciona mesmo com o telefone no bolso ou dentro do carro, desde que haja uma visão clara do céu. “No meio do mato, o sinal é surpreendente”, comentou um usuário em uma rede social, destacando a capacidade do serviço de oferecer conexão em locais com pouca ou nenhuma infraestrutura.
Funcionalidades atuais e planos futuros
Apesar do avanço, a tecnologia ainda apresenta limitações. O T-Satellite atualmente permite o envio de mensagens de texto (SMS), compartilhamento de localização e chamadas de emergência (como o 190). Alguns modelos de Motorola e Samsung já oferecem suporte para envio de fotos, mas chamadas de voz e vídeo ainda não estão disponíveis. A expectativa da operadora é ampliar esses recursos nos próximos meses.
O serviço foi criado para atender clientes que estão em deslocamento por regiões sem cobertura, como acampamentos ou viagens por estradas isoladas. A tecnologia funciona de modo diferente do sistema de banda larga Starlink, utilizado em residências, e não requer acessórios adicionais além do celular compatível.
Regulação e disponibilidade no Brasil
Na maior parte do mundo, a tecnologia D2D ainda está em fase de testes e regulamentação. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) criou o ambiente regulatório chamado “sandbox D2D”, que permite testes temporários com fins experimentais, mas até agora nenhuma empresa, incluindo a Starlink, solicitou autorização para atuar nesse espaço no Brasil.
Segundo a agência, apenas operadoras de telecomunicações com licença específica podem solicitar esse tipo de autorização, o que também impede testes com a tecnologia de satélite no país neste momento.
Perspectivas e desafios
Embora a tecnologia promova amplo potencial, o seu uso no Brasil ainda depende de avanços regulatórios e comerciais. Elon Musk e a Starlink não anunciaram planos concretos de trazer o serviço para o Brasil, mas a expectativa é de que, no futuro, a conexão via satélite possa ampliar o acesso à internet em áreas remotas do país.
Até lá, o avanço desses serviços no mercado americano demonstra uma nova fase na conectividade móvel, com possibilidades que podem transformar o acesso à internet em diversos ambientes. Para conferir as novidades listadas, acesse a matéria completa no Globo.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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