Shutdown nos EUA pode acabar em breve, diz Senado

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta segunda-feira (11) um projeto de lei que inclui um pacote de medidas sobre gastos federais para 2026, sinalizando o fim do maior shutdown da história do país, iniciado em 1º de outubro de 2025. A votação ainda precisa ser aprovada pela Câmara dos Representantes e sancionada pelo presidente Donald Trump, sem previsão definida para esses passos.

Impacts do maior shutdown na economia americana

A paralisação do governo interrompeu serviços públicos essenciais, como órgãos de saúde, programas sociais e causou a licença não remunerada de cerca de 700 mil funcionários federais. Além disso, houve redução de voos em diversos aeroportos e paralisação de diversas agências de pesquisa, saúde e assistência social.

Segundo o economista Reinaldo Soares de Camargo, doutor em Economia pela Universidade Católica de Brasília, o impacto do shutdown vai além do aspecto político, afetando significativamente a economia. “Os custos imediatos chegam a cerca de US$ 15 bilhões (R$ 79,5 bilhões) por semana, o que representa uma perda significativa para o Produto Interno Bruto enquanto durar a paralisação”, afirmou em entrevista ao portal iG.

Relatórios de instituições financeiras, como o banco J.P. Morgan, apontam que a paralisação pode reduzir o crescimento do PIB em até 0,2% por semana e provocar a perda de aproximadamente 43 mil empregos em um mês de impasse. Mesmo com serviços essenciais mantidos, como o Medicare e o Medicaid, diversas áreas continuam bastante afetadas.

Recuperação e próximos passos

O acordo recente prevê a votação, no próximo mês, de uma ampliação de subsídios relacionados à “Lei de Cuidados Acessíveis”. Os democratas aprovaram o projeto orçamentário em troca da aceitação da proposta republicana. A expectativa é que o Congresso aprove a medida em breve, encerrando o shutdown após 42 dias.

Consequências de longo prazo

Camargo avalia que a duração prolongada da paralisação pode afetar a reputação do mercado norte-americano, elevando o custo de financiamento público e colocando em risco a confiança dos investidores. “Quanto mais tempo o governo ficar sem operar plenamente, maior a possibilidade de uma estagnação permanente de alguns serviços ou de atrasos adicionais na sua retomada”, conclui.

Ainda não há uma previsão definitiva para o encerramento do impasse, mas especialistas acreditam que a aprovação do projeto pelo Congresso e sua sanção pelo presidente Trump podem marcar o fim do maior shutdown da história do país.

Fonte

Com informações do Jornal Diário do Povo

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