Seminário em Nova York debate investimentos sustentáveis no Brasil

O seminário “Brasil em foco: mais verde e comprometido com o desenvolvimento sustentável”, organizado pela Fiesp e a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), reuniu, nesta segunda-feira, (18) na Bolsa de Valores de Nova York, nos Estados Unidos, autoridades e industriais brasileiros, investidores e representantes de empresas americanas. O objetivo do encontro era discutir políticas públicas, oportunidades de negócios e de investimentos em transição ecológica e energética, descarbonização e infraestrutura voltadas ao crescimento sustentável.

O presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, destacou que o país oferece condições ímpares para os investidores internacionais, pois tem compromisso com o desenvolvimento sustentável, com o desenvolvimento verde, com segurança institucional e com segurança jurídica.

“Com as nossas instituições fortalecidas, é muito estimulante para nós, empresários brasileiros e do mundo inteiro, assistirmos o que está acontecendo no Brasil: os poderes unidos e dispostos a tomarem as decisões necessárias para o desenvolvimento nacional”, disse ele, ao destacar a presença de vários ministros do governo Lula, dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, da Câmara, Arthur Lira, e do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, além de representantes do judiciário.

Josué afirmou que há a percepção de que esta é a década do sul global:

“Venham investir no Brasil. O Brasil está aberto para negócios, especialmente negócios verdes e sustentáveis, é um país jovem, moderno, que ama a democracia e que tem instituições que dão a vocês segurança para investir”, conclamou aos investidores, ressaltando que o país oferece energia verde, como eólica, solar e biomassa.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, assegurou que a pauta verde está entre as prioridades para o segundo semestre deste ano. Segundo ele, a regulamentação do mercado de carbono é um tema que deve ser apreciado no curto prazo na Câmara, assim como o projeto de regulamentação da geração de energia eólica em alto mar que está em discussão avançada e servirá para atrair investimentos para o setor.

Lira acrescentou que quer aprovar na Câmara o marco regulatório de transição para uso de hidrogênio verde ainda neste semestre. A ideia é usar o combustível para descarbonizar a frota nacional de transporte de carga e reduzir a dependência de diesel.

Para o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, o desenvolvimento sustentável é prioridade global.

“É tarefa de uma geração, é o desafio do nosso tempo”, frisou. Ele defendeu que “a proteção dos biomas e o combate às queimadas ilegais sejam prioritários para garantir a preservação das florestas brasileiras”.

Pacheco citou ainda uma série de propostas em tramitação no Congresso relativas à pauta ambiental, como a regulamentação do hidrogênio verde, do mercado de crédito de carbono e a antecipação das metas do Acordo de Paris para conter o aquecimento global.

Já o presidente da CNI, Robson Andrade, reforçou que a indústria brasileira está comprometida com o desenvolvimento sustentável e que o setor irá investir cada vez mais no processo de descarbonização da produção.

“Temos vantagens comparativas e competitivas para atração de investimentos e desenvolvimento de empresas”, afirmou Andrade. “É o momento oportuno de fazer um chamamento a todos investidores e empresários que olhem o Brasil com perspectiva de futuro promissor”.

Presidente do Consórcio Brasil Verde, formado por 21 estados brasileiros, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, defendeu o engajamento de toda a sociedade no combate às mudanças climáticas. “Precisamos estar de mãos dadas na ação. É hora de agir e colocar em prática o que sabemos”.

Com informações da Fiesp

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