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O ex-presidente americano Donald Trump afirmou em sua rede social, Truth Social, que distribuirá US$ 2 mil (cerca de R$ 10,7 mil) a cada cidadão dos Estados Unidos, excetuando os de alta renda, devido ao impacto das tarifas implantadas sobre produtos importados. A medida busca compensar os efeitos econômicos das tarifas e estimular o consumo doméstico.

Reações e detalhes do plano de Trump

Segundo Trump, essas tarifas, que elevam o preço de produtos importados, têm contribuído para a arrecadação de trilhões de dólares, além de possibilitar investimentos recordes nos EUA. Ele afirmou ainda que o país vive com quase nenhuma inflação e que o crescimento nas bolsas de valores demonstra uma fase promissora para a economia americana.

“Estamos arrecadando trilhões de dólares e em breve começaremos a pagar nossa enorme dívida de US$ 37 trilhões. Um dividendo de pelo menos US$ 2 mil por pessoa será pago a todos”, publicou ele, ressaltando que a distribuição de dividendos só seria possível graças às tarifas, que considera essenciais para a recuperação econômica.

Contexto econômico e posição oficial

Apesar de Trump afirmar que o país não enfrenta inflação, índices oficiais indicam o contrário. O Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, tem como meta uma inflação de 2%, mas esse indicador está acima dessa faixa atual, dificultando o controle da economia. Jerome Powell, presidente do Fed, destacou a complexidade do momento, diante da desaceleração do mercado de trabalho e da inflação elevada.

O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, comentou que os recursos para pagar os US$ 2 mil podem vir de cortes de impostos aprovados em 2025 como parte de uma recente política econômica. Em entrevista à rede ABC, Bessent afirmou que ainda não conversou diretamente com Trump sobre a proposta, mas que o “dividendo pode vir de várias formas”.

Potenciais fontes de recursos

Bessent explicou que o pagamento poderia ser feito por meio de reduções de impostos, como a eliminação de impostos sobre gorjetas, horas extras e Previdência Social, além de dedutibilidade de empréstimos para automóveis. Essas medidas fazem parte do pacote de reformas fiscais promovido pelo governo norte-americano.

Críticas e impasse político

Nos últimos dias, Trump também criticou os democratas por, segundo ele, “decidirem fechar o governo para forçar os republicanos a manter os subsídios do Obamacare”, programa criado durante a presidência de Barack Obama para ampliar o acesso a planos de saúde. Atualmente, o país enfrenta o maior shutdown da história recente, com 40 dias de paralisação parcial do governo devido ao impasse sobre o orçamento do próximo ano fiscal.

O conflito político tem dificultado as negociações no Congresso, refletindo uma crise de maioria, enquanto as disputas sobre recursos continuam a gerar incertezas econômicas e administrativas nos Estados Unidos.

Para mais informações, acesse a reportagem completa no GLOBO.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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